08/03/2018
Na última quinta-feira, dia 1º de março, aconteceu a primeira reunião do ano do Comitê Gestão da Inovação, em São Paulo (SP), que reuniu aproximadamente 40 representantes de empresas e instituições, com objetivo de discutir sobre transformação digital e inovação nas organizações.
O encontro teve início às 9h da manhã. A gerente executiva da Anpei, Marcela Gentil Flores, fez uma apresentação sobre a Conferência Anpei de Inovação 2018, e o coordenador do Comitê de Interação ICT-Empresa, Alessandro Rizzatto, da Rhodia/Solvay, falou sobre o mapa de inovação que está sendo atualizado pelo Anpei.
Dando continuidade, Jaime Frenkel, vice-coordenador do Comitê de Gestão da Inovação, e head de inovação do EloGroup, debateu sobre o mapeamento de melhores práticas de gestão de inovação nas empresas e falou da pesquisa de maturidade sobre o Anpei Exchange. “Essa é uma ideia que surgiu com uma agenda de trabalho do Comitê de Gestão da Inovação”, contou Frenkel. “Para avaliar a maturidade de gestão de inovação, a gente constrói uma régua para cada uma das empresas. Com isso, nossa intenção é ajudá-las a decidir o que é prioridade”, completou.
O lançamento da pesquisa pretende ser realizado durante a Conferência Anpei de Inovação 2018; e um grupo de trabalho dentro do Comitê pode ser criado para discutir o assunto. “Essa é uma forma de interação entre as empresas, que disponibilizará comparativos entre os negócios”, finalizou.
O diretor de tecnologia operacional da empresa SPI Integração de Sistemas, Élcio Brito da Silva, fez sua palestra baseada no livro “Automação & Sociedade: Quarta Revolução Industrial, um olhar para o Brasil”, o qual é autor com mais três pessoas. “Nosso objetivo é entender como a Quarta Revolução Industrial impacta o Brasil”, disse. A apresentação contou, também, com diversos vídeos que abordaram a tecnologia que muda a sociedade e quebra limites.
Em seguida, Marcelo Koji, diretor de tecnologia e negócios digitais da Duratex, nova associada da Anpei, falou sobre o ConstruTech Startups e o treinamento para CIOs em Stanford. “O nosso projeto tem uma estratégia de TI para conseguir gerar poder de execução para as inovações acontecerem de maneira consistente e com impacto na cadeira operacional”, contou.
O diretor também ressaltou a importância de as empresas aderirem e se adaptarem às novas tecnologias para não ficarem para trás. “Adotar tecnologias disruptivas resolve uma parte do problema, porém, sem cultura digital não é possível gerar inovação”, assegurou Koji.
O último palestrante foi Lélio Souza, CEO da Intelie – Inteligência Operacional e Análise de Dados em Tempo Real, que contou um pouco sobre a empresa e afirmou que apenas observar dados e tirar insights disso não é tão produtivo, e que há mais interesse em fazer perguntas para extrair respostas desses dados em menos tempo.
O CEO exemplificou o uso de dados para prever acidentes como o da British Petroleum, no Golfo do México, que aconteceu em 2010. “Teoricamente, o acidente era evitável; eles tinham dados sendo gerados na operação, que, se fossem interpretados adequadamente, poderiam gerar ações para evitar o acontecido. Porém os dados foram ignorados”, relatou.
Lélio também comentou sobre a mudança pela qual as companhias estão passando. Empresas de engenharia e marketing, por exemplo, estão se tornando empresas de software. Segundo ele, o mercado dá aos sensores que permitem criar inteligência o nome de plataforma conectada, e a Intelie é uma dessas plataformas. “Isso é interessante porque pode-se melhorar a segurança aprendendo sozinho com os dados gerados dentro da companhia, e esse aprendizado pode ser acelerado se todos estiverem conectados com os demais universos”, afirmou.
Por fim, foi aberta a rodada de perguntas a respeito de ações hackers e cibersegurança.