07/06/2016
Um estudo feito pela organização Endeavor, referência no apoio a empreendedores, apontou Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Campinas (SP) e Porto Alegre (RS) como as cidades brasileiras com maior vocação para receber investimentos em inovação. O levantamento adotou parte do modelo criado pelo Global Innovation Index (GII), onde a medição da inovação pode ocorrer com a análise de dois conceitos: os inputs (insumos para a inovação acontecer) e os outputs (resultados da inovação).
Os insumos são todos os inputs capazes de proporcionar um ambiente fértil à inovação em uma região, ou seja, tudo o que demonstra quanto uma cidade está preparada para produzir inovação, como a infraestrutura tecnológica, os recursos de financiamento para o setor, os recursos humanos qualificados e capacitados a inovar. Já os outputs são indícios de que existe um mercado de inovação sendo criado por esses insumos: indústrias inovadoras, patentes, produtos de pesquisa e inovação (P&I), novas empresas de tecnologia e a economia criativa.
Em todas as cidades listadas a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) está presente. Nesses municípios, a entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já fechou 41 projetos de inovação em parceria com empresas privadas, em valores que somam R$ 116,8 milhões. Até abril deste ano, a Embrapii contabiliza 109 projetos em desenvolvimento, no valor total de R$ 178,6 milhões.
“O ranking só mostra que estamos atuando nos lugares certos. Nosso rigoroso processo de credenciamento de unidades também observa a capacidade técnica das instituições em entregar projetos de inovação com máxima eficiência, além da experiência e foco em pesquisa, desenvolvimento e inovação [PD&I]”, afirmou o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães.
Na capital catarinense, as unidades Certi e Polo/UFSC possuem, conjuntamente, 19 projetos em desenvolvimento na área de sistemas inteligentes, no valor de R$ 48,3 milhões. No Rio de Janeiro, as unidades Coppe/UFRJ e Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTIC) têm dez projetos nas áreas de engenharia submarina, de tecnologia química industrial e de meio ambiente que somam R$ 19,7 milhões.
Em São Paulo e em Campinas, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (Cnpem/MCTIC) e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), possuem, juntos, 15 projetos de R$ 30,8 milhões. Em Porto Alegre, a Lamef/UFRGS e a ISI Polímeros já fecharam seis projetos, no valor de R$ 18,5 milhões.
(Agência Gestão CT&I, com informações do MCTI e Embrapii)