25/10/2016
Na última sexta-feira, dia 21, o ex-presidente da Anpei e diretor da C.A.B Consultoria, Celso Barbosa, e os diretores da Associação, André Ferrarese – representando a Mahle – e Luciana Hashiba – representando a Natura – juntamente de Bruno Bragazza, gerente de Inovação, PI e Novos Negócios da Bosch, Paulo Quirino, analista sênior de Pesquisa e Desenvolvimento do Samsung R&D Institute Brazil, e Flávio de Andrade Silva, responsável pelo programa de empreendedorismo e inovação aberta do CPqD, participaram do painel “Grandes empresas: novos modelos de interação no ecossistema de inovação” do InovaCampinas, Fórum Regional de Inovação e Desenvolvimento Sustentado, que contou com apoio da Anpei.
Após introdução do ex-presidente da Anpei, Celso Barbosa, Bruno Bragazza, da Bosch, iniciou o painel dando um panorama da empresa ao redor do mundo e falando sobre as dificuldades enfrentadas para sair do modelo de inovação fechada. As áreas de Novos Negócios da Bosch foram desenvolvidas buscando crescimento, oportunidade e mercados, sendo que no Brasil a empresa investiu recursos próprios para alavancar a inovação. Bragazza ainda falou sobre o recente investimento da Bosch na área de agronegócios e de projetos. “Vamos buscar, também, negócios adjacentes. Negócios que não estão no core da Bosch, mas que, daqui a pouco, talvez lá na frente, irão se cruzar e formar uma coisa de interesse”, afirmou.
O diretor da Anpei e gerente de Inovação da Mahle, André Ferrarese, seguiu a palestra, apresentando a Mahle e destacando deslocamentos da empresa para novas áreas além da automotiva. Ferrarese também falou sobre os centros de pesquisa da empresa ao redor do mundo e, especialmente, sobre o de Jundiaí, que atende o mercado internacional e tem foco em desenvolvimento mundial. “Quando a gente fala de ecossistema de inovação, um dos problemas é que as empresas não estão preparadas para trabalhar com projetos de pesquisa e desenvolvimento. Nós temos no Brasil uma experiência muito grande com engenharia, com foco em manufatura, mas ainda não conseguimos evoluir suficientemente as áreas de pesquisa e desenvolvimento, que tem, por natureza, essa perspectiva mais aberta”, comentou a respeito das práticas de PD&I no Brasil.
A diretora da Anpei, Luciana Hashiba, representando a Natura, falou sobre gestão estratégica da inovação e redes de inovação aberta, destacando cases. “A gente faz inovação aberta há praticamente 15 anos, começando com editais relacionados a universidades e com órgãos de fomento”, afirmou. Apresentando o mais recente programa voltado para inovação da Natura, o Natura Startups, Hashiba explicou que a empresa percebeu a necessidade de ter outras fontes de inovação diferente das que já tinham. “Como, coincidentemente, nós fazemos parte da Anpei, fizemos um mapeamento do ecossistema e vimos a distância que estávamos, como grande empresa, tanto dos habitats de empreendedorismo, incubadoras e parque tecnológicos, quanto de aceleradoras, startups e fundos de investimento”.
Paulo Quirino, analista sênior de Pesquisa e Desenvolvimento do Samsung R&D Institute Brazil, falou sobre o programa de incubação de startups da Samsung em parceria com a Anprotec: “Ao longo de cinco anos iremos investir cinco milhões de dólares em projetos com startups”.
Flávio de Andrade Silva, responsável pelo programa de empreendedorismo e inovação aberta do CPqD, apontou que os resultados institucionais do programa têm sido excelentes. “Por ser pioneiro, estamos deixando um legado”.
Após as palestras, o painel teve um momento para debate, que contou com grande participação do público.