09/08/2016
Com 31 mil patentes registradas a cada ano, o Brasil ostenta um opaco 10º lugar no ranking mundial da inovação, número bem menor do que a China e Estados Unidos, que registram, respectivamente, 900 mil e 600 mil patentes anuais. No entanto, ao contrário de economias mais desenvolvidas, menos de 15% das patentes do País são efetivamente registradas por brasileiros.
Os números são parte da apresentação do Diretor da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras – ANPEI, André Ferrarese, que será realizada durante o XXXVI Congresso Internacional de Propriedade Intelectual da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual – ABPI, no dia 29 de agosto, no World Trade Center (WTC), em São Paulo, e revelam, segundo ele, o grau de dependência do Brasil no quesito Inovação. “Os dados mostram que o Brasil, assim como o Canadá, nono colocado, está em rota secundaria de desenvolvimento e é mais dependente”, diz Ferrarese. “São importantes mercados, mas fracos desenvolvedores de tecnologia”, complementa.
Segundo o Diretor da ANPEI, a maioria dos depósitos de patentes registradas em economias menos dependentes, como China, Japão e Coreia, são de residentes que querem proteger seus ativos intangíveis. Nos EUA, 50% destes depósitos são feitos por americanos e/ou empresas americanas. Já no Brasil dos 31 mil depósitos só 4,6 mil referem-se a residentes no País. “Definitivamente, a patente é considerada como mecanismo de proteção da inovação e do ambiente estratégico de negócios do país”, explica Ferrarese.
O ambiente de inovação, seguindo o Diretor da ANPEI, se fortalece com a aproximação entre a universidade e a empresa. No Brasil, dos 20 maiores aplicadores de patentes, pelo menos 14 são universidades ou institutos.
(ABPI)