21/06/2016
O setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e a indústria de software são fundamentais para o desenvolvimento de uma nação. A avaliação é do novo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Sepin/MCTIC), Maximiliano Martinhão. Para ele, se o Brasil não se debruçar para aumentar a participação no setor, perderá competitividade internacional.
Segundo o secretário, o Brasil está entre os cinco maiores mercados (dependendo do indicador) em telecomunicações e informática. “Mas participamos muito pouco do mercado mundial. Um dos desafios é ampliar a participação da indústria brasileira de software nos mercados nacional e mundial”, informou.
Para alcançar o objetivo, Martinhão pontuou a necessidade de criar parcerias com o objetivo de expandir as empresas, trabalhar em conjunto com os grupos que existem no país e que já investem em desenvolvimento das TICs para elevar o papel do Brasil na cadeia global de software. “Outro aspecto é o trabalho com as instituições de ciência e tecnologia, as ICTs, e as universidades. É importante atrair recursos humanos para a área de pesquisa. Vamos aproximar a indústria e os centros de desenvolvimento tecnológico, para atrair mais investimentos”.
Nesse aspecto, destaca Martinhão, a Lei de Informática será o principal instrumento para impulsionar as empresas do setor e estimular os investimentos nos centros de pesquisa e universidades. “A Sepin também administra os incentivos previstos na Lei de Informática. Vamos cuidar para que esses investimentos atendam políticas públicas e dar uma orientação clara ao setor privado, que se beneficia da lei, sobre os investimentos que devem ser feitos. Essa é uma grande demanda do setor”, comentou.
Trajetória
Antes de assumir a Sepin, Martinhão chefiava a Secretaria de Telecomunicações do extinto Ministério das Comunicações. Ele é advogado e engenheiro de telecomunicações com mestrado pela Universidade de Strathclyde, no Reino Unido.
Durante a formulação do MCTIC, havia a possibilidade de extinção da Sepin no atual arranjo do ministério. Mas a comunidade científica e tecnológica pressionou o governo para revogar a decisão de excluir a secretaria. Em carta enviada ao gabinete do ministro Kassab, a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) e a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) afirmaram que a decisão seria uma “ameaça de retrocesso” para a indústria de tecnologias da informação e comunicação.
(Agência Gestão CT&I, com informações do MCTIC)