13/06/2018
A construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) vai aumentar a produção de radioisótopos e ampliar a capacidade de atendimento da medicina nuclear no país. Além disso, significa um importante passo no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. A avaliação foi feita pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental para a construção do RMB, em Iperó (SP). No total, o RMB deve receber US$ 500 milhões em investimentos.
“São recursos expressivos, que vão possibilitar o fechamento desse projeto. Vamos avançar muito em pesquisa nuclear e na produção de insumos para a saúde. O valor desse projeto representa tudo isso e, certamente, é um projeto fundamental para o país”, disse.
Para o presidente da República, Michel Temer, o reator multipropósito eleva o patamar da ciência brasileira. “Vemos uma síntese de visão de longo prazo, de perseverança, de talento científico, de compromisso com o país. Com o reator, vamos produzir, nós mesmos, o material para o Sistema Único de Saúde a preços, naturalmente, mais baixos e tornando as terapias muito mais acessíveis. Vamos aumentar os atendimentos e levar esperança para quem está doente e precisa de ajuda.”
Durante a cerimônia, foi anunciado um aporte de R$ 750 milhões ao projeto, via Ministério da Saúde, montante que será diluído até 2022. Destes, R$ 30 milhões serão repassados ainda neste ano.
Atualmente, o Brasil gasta mais de US$ 15 milhões na importação de radioisótopos. Por ano, são realizados quase 2 milhões de procedimentos de medicina nuclear, e o Sistema Único de Saúde (SUS) corresponde a 25% da demanda nacional. Com o RMB, o país vai suprir os gastos com importações e terá a capacidade de duplicar a quantidade de radiofármacos ofertados à sociedade.
“O Ministério da Saúde apoia esse projeto pela relevância dessa tecnologia. O uso dela vai melhorar o atendimento à saúde e da medicina nuclear no nosso país, além de proporcionar a independência na produção de radiofármacos. O reator será fundamental para baratear custos para que mais clínicas e hospitais possam oferecer esses serviços à sociedade”, observou o ministro Gilberto Occhi.
(MCTIC)