A 14ª Conferência Anpei terminou nesta terça-feira (29 de abril) em São Paulo, comemorando a participação de 1.500 pessoas ao longo de seus dois dias de realização, informou o presidente da entidade, Carlos Calmanovici. Esse número dá bastante representatividade para as discussões realizadas durante nosso encontro e também para as que serão feitas depois, a partir do conteúdo da Carta de São Paulo, afirmou. O executivo se despediu da presidência, após dois mandatos consecutivos e quatro anos à frente da entidade. Gerson Pinto, diretor da Anpei e vice-presidente de Inovação da Natura, assumiu o cargo. Este ano, a coordenação da Conferência Anpei decidiu por concluir e divulgar posteriormente a Carta de São Paulo, documento que sintetiza as discussões do evento e estabelece uma agenda para aprimorar o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Primeiro a falar no painel de encerramento, o presidente eleito da Anpei agradeceu a confiança nele depositada para atuar à frente da Associação pelos próximos dois anos. Em inovação, o Brasil teve um inegável avanço, e temos de celebrá-lo, mas precisamos colocar a barra um pouco mais alta, afirmou Gerson. Evoluir de forma não acelerada não é mais uma opção para o País. Precisamos de uma fase de aceleração das transformações e temos atores capazes de promover isso, acrescentou. Calmanovici fez um balanço das atividades desenvolvidas nos dois dias da 14ª Conferência Anpei, cujo tema central foi Inova-Ação: Modelos de Negócios Competitivos. Segundo ele, a Conferência derrubou vários mitos, como, por exemplo, os de que inovação é atividade a ser realizada apenas pelas grandes empresas e é cara. O executivo também deixou claro que o Brasil deve olhar para o mundo, e não apenas para si próprio. Carlos Calmanovici destacou que o Momento Fapesp tratou de startups e o Momento Sebrae falou do assunto competitividade nas pequenas empresas. A palestra do keynote speaker Victor Hwang trouxe um elemento a mais. Devemos ir além dos modelos de negócios para o de ecossistemas, pontuou. O tema educação, segundo Calmanovici, esteve presente em quase todos os painéis, com destaque nas discussões sobre sistemas internacionais de inovação. Certamente educação será um elemento de destaque na Carta de São Paulo, acrescentou. Calmanovici também citou a participação do presidente da Finep, Glauco Arbix, que deu alguns detalhes sobre o novo plano para ciência, tecnologia e inovação que está sendo elaborado por um grupo coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ele apresentou a proposta de criação das plataformas tecnológicas, algo que passará a integrar nossa agenda. Precisamos detalhar, entender, discutir e apresentar contribuições para esse assunto, disse. Outro destaque foi Nancy Tennant, vice-presidente de inovação do grupo Whirlpool e keynote speaker do segundo dia do evento, que compartilhou as experiências e soluções de sua empresa na área de inovação. O painel sobre ferramentas de fomento mostrou como ainda é difícil colocar em prática alguns instrumentos. Os comitês temáticos da Anpei de Gestão da Propriedade Intelectual, de Fomento à Inovação, e de Interação ICT-Empresa apresentaram conteúdos muito relevantes, completou. Calmanovici também destacou a apresentação de Rodrigo da Rocha Loures, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Conic), que falou sobre as propostas da entidade para inovação e empreendedorismo para o longo prazo. Foi uma contribuição inestimável para a constituição da Carta de São Paulo, afirmou ele, que, ao final, agradeceu os patrocinadores e o apoio de toda a diretoria e funcionários da Anpei durante seus quatro anos de mandato.
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