O Brasil pouco utiliza o potencial das agências de regulação para investimentos em ciência, tecnologia inovação (C,T&I). A avaliação é do secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, que participou do fórum conjunto dos conselhos nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), em Gramado (RS). No evento, ele destacou que estas instituições podem ser agentes importantes para o desenvolvimento da área, mas que os Estados não recorrem a esta fonte de recursos como deveriam. Olhamos muito pouco para as agências de regulação. Elas têm mais ou menos os mesmos patamares de valores que o MCTI tem por meio do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], afirmou. Segundo ele, somente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dispõe de recursos entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões para aplicar em projetos de C,T&I. É um dinheiro das concessionárias, mas a agência regula o processo, explicou. Por meio da Lei no. 9991/2000, a agência foi autorizada a aplicar entre 0,75% a 1,0% da Receita Operacional Líquida (ROL) em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e até 0,25% em eficiência energética. Somente entre 2008 e 2011, a Aneel lançou 13 chamadas de projetos de P&D estratégicos. Numa articulação, estamos empreendendo um esforço na área de smartgrid [redes elétricas inteligentes], avançado consideravelmente. Mas precisamos que as fundações de amparo à pesquisa se aproximem mais dessa agenda, e saibam melhor que a Aneel e as outras agências reguladoras estão fazendo, para que possamos ter uma relação mais estruturada na construção de políticas, pediu o secretário. Exemplo positivo da atuação das agências reguladoras no setor de C,T&I citado por Elias é a ciberinfraestrutura da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que segundo dados divulgados pelo MCTI, contabiliza hoje 3,5 milhões de usuários, com 27,5 mil grupo de pesquisas beneficiados. A infraestrutura em banda larga que está se criando com a RNP, não poderia ser concluída se não tivéssemos o braço da Anatel. Agora eu chamo as fundações de amparo à pesquisa para participarem mais ativamente na construção desse processo, disse. (Com informações da Agência Gestão C,T&I)

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