Para garantir a liderança na exploração e produção de óleo e gás em águas profundas, a Petrobras está concentrando investimentos e atraindo fundos estrangeiros destinados a pesquisa para inovação tecnológica em áreas como exploração do pré-sal. Até 2014, a estimativa é de que várias multinacionais já estarão com centros de pesquisa operando na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, que aos poucos se transforma em um canteiros de obras para centros de inovação. “Temos no Brasil uma perspectiva de mercado positiva para o setor de petróleo, gás e energia. O volume de recursos que a Petrobras está investindo em novos projetos, de todas as áreas, e notadamente no pré-sal, torna o país um excelente ambiente para negócios”, diz o gerente executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), Carlos Tadeu Fraga. No triênio 2008 a 2010, a companhia desembolsou US$ 2,4 bilhões. “Não se faz pesquisa sem uma infraestrutura laboratorial de qualidade. As universidades nacionais já contam com laboratórios que estão entre os melhores do mundo e são capacitadas para desenvolver projetos de pesquisa e desenvolvimento complexos. Estamos direcionando recursos para isso”, diz Fraga. Segundo ele, empresas fornecedoras de bens e serviços, atraídas pela capacidade instalada nesses laboratórios e na Petrobras, também estão criando centros cativos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil. “Somente no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sete grandes empresas estão implantando seus centros de P&D: Schlumberger, Baker Hughes, FMC Technologies, Usiminas, Halliburton, Tenaris Confab e General Electric “, afirma. Outro exemplo citado por Fraga é a Cameron, companhia americana fornecedora de equipamentos e sistemas para escoamento de petróleo e gás, que anunciou a instalação de um centro de P&D no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A atividade de pesquisa é estimulada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo Carlos Fraga, uma cláusula na regulação da exploração do petróleo determina que as companhias exploradoras invistam 1% de seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento. No caso da Petrobras, isso representou um total de US$ 800 milhões por ano entre 2008 e 2010. Essa política de investimentos em P&D nas universidades nacionais mudou o cenário para a Petrobras. Antes a companhia tinha que pegar lugar na fila das multinacionais que disputavam a atenção em centros do Hemisfério Norte. Hoje, ela é quem toma a iniciativa ao solicitar pesquisas. De acordo com Fraga, os investimentos trouxeram grandes benefícios. O mais importante diz respeito “à atração de recursos humanos talentosos para universidades e centros de pesquisa”. (Com informações do Valor Econômico)

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