Obter ajuda de terceiros, se não essencial, pode ser determinante na hora de montar uma empresa inovadora ou transformar o negócio familiar em empreendimento moderno. É o que atestam empresários que apresentaram casos durante workshop do Serviço Brasileiro de Apoio às Médias e Pequenas Empresas (Sebrae) durante o primeiro dia da XII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica que acontece em Joinville, Santa Catarina, de 11 a 13 de junho. A jovem Pixeon Inovação em Diagnóstico por Imagem, sediada em Florianópolis, começou em 2003 em uma sala de 25 metros quadrados na Incubadora Midi Tecnológico, onde ficou por dois anos. Hoje ocupa um espaço de 450 metros quadrados. Eram dois empregados e hoje são 70, e o único cliente inicial multiplicou-se para mais de 150, entre brasileiros e argentinos. A incubação foi um alicerce fundamental para a empresa, afirmou Fernando Peixoto, CEO da Pixeon. Na Incubadora Midi, conseguiu o que não obtivera no ensino formal da universidade, como informações e diretrizes sobre gestão, troca de experiência entre empreendedores, acesso fácil a editais de fomento e facilidades na busca de capacitação. Para a Serralheria Volkhoff, de Pomerode (SC), a ajuda externa veio na forma de uma agente Local de Inovação (ALI) do Sebrae, Vanessa Greve. Criada há quase 30 anos, a empresa familiar não estava exatamente aberta para processos inovadores. Depois de certa insistência para ser recebida, Vanessa conseguiu fazer os sócios da Serralheria Volkhoff perceberem onde poderiam modernizar seus processos. Como ocorre em grande parte das empresas geridas por uma família, havia ali dificuldades, pensamentos diferentes e objetivos nem sempre compartilhados. A consultoria prestada pela ALI permitiu que tivéssemos mais vida e potencializou nosso espírito empreendedor, disse Juliana Hoffmann Brandt, filha e sobrinha dos fundadores da serralheria. Como a Pixeon, a Marithimu´s nasceu em uma incubadora, aliás, na pré-incubadora da Univille, em 2008. Marcelo Wippel da Silva e seus dois sócios queriam entrar na cadeia produtiva de moluscos, abundantes no estado catarinense. A ideia era participar do inicio da cadeia, isto é, na produção de larvas. Mas a ideia estava fadada ao fracasso, afirmou o empresário, já que a universidade fornecia as larvas gratuitamente aos produtores. Depois de pesquisas, os três sócios perceberam que o problema da cadeia não estava em seu início, mas justamente na ponta final, pois sobravam frutos do mar. Decidiram então vender primeiro ostras em conserva, defumadas. Nasceu a Marithimus, com capital inicial de exatos R$ 150 R$ 50 de cada sócio, tudo que tinham no bolso , um lote de ostras doado por um produtor e logomarca feita por um amigo. O boom mesmo veio quando puderam contar com os serviços da designer Graziella Carrara, da Fundação Fritz Muller. O novo design, que adicionou 10 centavos a cada embalagem, engordou as vendas da Marithimu´s em 60% e seus clientes em 20%. Além de ostras, vendem agora mexilhões e trutas.

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.