Documento elaborado pela entidade reúne reflexões e propostas feitas num plenário com mais de 500 atores do processo de inovação, majoritariamente empresários e executivos, de como tornar o setor privado protagonista no desenvolvimento do País por meio da inovação. A Anpei apresentou em 26 de maio, no primeiro dia da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), em Brasília (DF), um documento contendo propostas da entidade sobre como o setor privado pode se tornar protagonista no processo de desenvolvimento sustentável do Brasil por meio da inovação. Durante a sessão plenária especial “C, T&I em sua dimensão territorial – conclusões e recomendações das conferências regionais”, o presidente da entidade, Carlos Calmanovici, foi convidado pelo secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antônio Elias, para apresentar as recomendações à 4ª CNCTI levantadas em uma dinâmica de trabalho realizada em 27 de abril na X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. Com duração de quatro horas, na sessão de trabalho com mais de 500 participantes, entre empresários e gestores de C, T&I, representantes de universidades, ICTs e órgãos de governo, foram distribuídos em 50 mesas, composta por até oito integrantes, em um dos pavilhões da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Antes de iniciar os trabalhos, os participantes assistiram a três palestras sobre as contribuições do setor privado à inovação, ministradas pelo diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, pelo professor do Instituto de Economia da Unicamp, Carlos Américo Pacheco, e pelo vice-presidente da Fiep, Wolney Betiol. Em seguida, foram estimulados a discutir uma questão central proposta pelos organizadores da dinâmica, sobre “O que é necessário para que o setor privado seja definitivamente o protagonista principal do desenvolvimento sustentável no Brasil através da inovação?”. Além da questão-chave, se dedicaram ainda a responder outras quatro questões. A primeira foi “De que forma induzir uma transição para uma cultura de empreendedorismo no País?”. A segunda, “O que é necessário para facilitar o acesso e a utilização de fomentos financeiros e econômicos para a inovação nas empresas? Quais instrumentos radicalmente novos podemos criar?”. Já a terceira, “De que forma garantir que, ao inovar, as empresas sejam competitivas e sustentáveis?”. E a quarta, “Como as empresas devem ser incluídas na governança e na gestão dos instrumentos de fomento e políticas públicas de inovação”. As discussões dos participantes nas mesas foram orientadas por monitores espalhados pelo pavilhão da Fiep. Eles puderam responder às perguntas em um laptop, disponível em cada uma das mesas e conectados em rede sem fio. Suas reflexões e recomendações foram consolidas pela Anpei e estruturadas no documento que foi apresentado na 4ª CNCTI. Dividido em seis capítulos, o documento apresenta um histórico da Anpei e dos objetivos gerais da X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, além de um relato sobre como foi desenvolvida a dinâmica de trabalho, e reúne as principais reflexões e sugestões dadas pelos participantes de acordo com as quatro perguntas que lhes foram feitas. O quarto capítulo do documento, sobre as considerações finais, contém as propostas da Anpei para a 4ª CNCTI. O documento pode ser acessado pela internet no endereço https://www.anpei.org.br/download/ivcncti.pdf