A direção da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que congrega 200 empresas e entidades, acredita que o setor público e o setor privado devem, com urgência, elevar seus investimentos em inovação e tecnologia, agregando valor aos produtos nacionais. Para a entidade, ainda falta muito para o País encarar isso como fator estratégico da política econômica e de ciência e tecnologia. O setor produtivo tem de aumentar o nível tecnológico agregado aos seus produtos e serviços para escapar da dependência das commodities que hoje sustentam o crescimento econômico, disse Mario Barra, membro da diretoria e fundador da Anpei, em coletiva na sexta-feira (12/08), durante a Construction Expo, M&T Peças e Serviços e Congresso Sobratema, eventos da Associação Brasileira de Tecnologia pare Equipamentos e Manutenção, realizadas entre 10 e 13 deste mês, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Segundo Barra, é preciso atacar a questão tanto pelo viés de fomento, mostrando a importância de se investir em inovação tecnológica, como pelo viés político, melhorando as leis e os financiamentos para transformar conhecimento em produtos de qualidade para beneficiar a sociedade. Para o diretor, existem vários fatores que desestimulam investimentos e precisam passar por mudanças, como taxa de juros elevada, real valorizado, impostos elevados. A Anpei, diz Barra, está fazendo sua parte. Pesquisa mostra que dos recentes R$ 32 bilhões investidos em inovação, R$ 14 bilhões foram do setor privado e, desse montante, 2/3 são provenientes de associados da entidade. Outra colaboração vem da XI Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, realizada em junho deste ano em Fortaleza, onde a preocupação foi a composição da pauta de exportação, que voltou a ter predominância de produtos primários. Na Carta de Fortaleza, documento redigido após o encontro, se justifica a necessidade premente de se investir no desenvolvimento tecnológico das diversas cadeias produtivas, citando exemplos bem sucedidos em áreas de petróleo, plástico e fruticultura, nas quais há uma agregação de valor que pode chegar a 10 vezes ao longo da cadeia. E essa dinâmica, que gera benefícios para as empresas e toda a sociedade, que precisa ser replicada em outras cadeias, diz Barra. A recomendação central da Carta de Fortaleza é a urgência na qual o setor produtivo brasileiro deve aumentar o valor de seus produtos através do maior nível tecnológico agregado aos seus produtos e serviços, caso contrário o Brasil continuará dependendo da valorização das commodities para sustentar o seu crescimento econômico. É urgente uma política industrial que aumente a densidade tecnológica embutida nos produtos e a multiplicação das cadeias produtivas brasileiras, acrescenta o diretor da Anpei. (Com informações da Anpei)

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