A Anpei e o governo britânico realizaram no dia 26 de setembro, em São Paulo, a mesa redonda “Inovação Aberta – Parcerias entre Brasil e Reino Unido”. A abertura do evento foi feita pelo ministro britânico para Ciência e Educação Superior, David Willetts, e pelo presidente da Anpei, Carlos Calmanovici. Representantes de duas das principais universidades britânicas, Cambridge e Oxford, apresentaram suas políticas de gestão da propriedade intelectual e transferência de tecnologia para o setor privado. A mesa redonda teve por objetivo propiciar um primeiro contato entre os associados Anpei interessados no tema interação entre ICTs e empresas, e nas práticas adotadas e já bastante consolidadas no Reino Unido. No âmbito da temporada UKBrasil, e pela grande oportunidade demonstrada no evento, o Consulado Britânico, em parceria com a Anpei, promoverão uma missão às instituições de P&D do Reino Unido. Representantes de empresas e instituições científicas e tecnológicas (ICTs) visitarão universidades do Reino Unido com o objetivo de levar suas pautas de pesquisa para possíveis projetos de cooperação. No evento, o ministro David Willetts contou que o Reino Unido tem um fundo de £ 50 milhões (R$ 164,7 milhões) para promover a parceria entre universidades e empresas em seu país, com o objetivo de fomentar a inovação. Os recursos podem ser usados para provas de conceito, teste de mercado, produção em escala piloto, atividades fundamentais para que as inovações geradas nas parcerias cheguem ao mercado. “As pequenas empresas precisam ter acesso a especialistas, a equipamentos que muitas vezes não podem comprar. A universidade pode prover isso”, afirmou. Ele citou ainda o Voucher Inovação, usado pelas pequenas empresas para investirem em projetos feitos com universidades. Carlos Calmanovici, da Anpei, destacou algumas áreas em que o Brasil têm diferenciais para uma cooperação em P,D&I: energia; biodiversidade; pré-sal; aeronáutica, materiais e bioeconomia; agroindústria e alimentos. “Mas precisamos de muito aporte tecnológico para agregar valor, precisamos de inovação para explorar e transformar nossos recursos em riqueza econômica e trazer benefícios para a sociedade”, apontou. Ele citou ainda a balança comercial brasileira, que registra aumento das importações de produtos de alto valor agregado, mostrando o espaço que ainda existe no Brasil para inovar. “Para fazer inovação, devemos nos apoiar fortemente nas universidades”, afirmou. Segundo ele, a parceria com instituições de pesquisa internacionais, como as existentes no Reino Unido, é uma oportunidade de levar o conhecimento gerado pelas universidades para o mercado. “Com a mesa redonda, queremos mostrar como os associados podem se aproximar e estimular a inovação nesse contato com o Reino Unido”, finalizou.