Apesar de ter sido um ano difícil, marcado por percalços como a crise econômica mundial, a Anpei teve motivos para comemorar em 2009. Para celebrá-los, a entidade realizou no dia 8 de dezembro na sala da Congregação da FEA/USP na Cidade Universitária, em São Paulo, o Encontro de Associados Anpei de 2009. Após um almoço de confraternização, a presidente da Anpei, Maria Ângela do Rego Barros e o vice-presidente, Carlos Eduardo Calmanovici, fizeram um balanço das ações da entidade durante o ano e as que estão planejadas até 2012. Entre elas está o reestabelecimento das atividades de seu Conselho Superior, cuja primeira reunião ocorreu em 16 de novembro. Formado por representantes das maiores empresas e instituições de pesquisa do País, um dos objetivos do Conselho é proporcionar maior interlocução da entidade com o governo. Hoje a Anpei tem representação em todos os órgãos de governo relacionados à pesquisa, desenvolvimento e inovação, conta Maria Ângela. E o Comitê ajudará a aumentar nossa representatividade e a demonstrar para as empresas à importância de também ser representada pela Anpei, diz. Em seguida à apresentação do balanço das ações da Anpei em 2009 ocorreram duas palestras. A primeira foi sobre um estudo realizado pelo Instituto Inovação que buscou identificar onde está a inovação no Brasil. Na primeira versão da pesquisa, publicada em 2004, os pesquisadores fizeram um mapeamento dos centros brasileiros mais promissores para o desenvolvimento de inovações tecnológicas com base no número de pesquisadores e na população economicamente ativa. Para aprimorá-la, em 2007 foram adicionadas ao estudo outras informações sobre inovação, como o número de patentes registradas por região e empresas em todo o território nacional. Uma das principais conclusões da pesquisa é que a inovação não está em um lugar geográfico específico, mas nas pessoas, afirma o diretor do Instituto Inovação e um dos autores do estudo, Bruno Moreira Melo. Essa constatação, para o diretor de operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, representa um problema, dado o baixo número de brasileiros que freqüentam as universidades, especialmente nos cursos que formam profissionais mais diretamente ligados às atividades de pesquisa e desenvolvimento: ciências e engenharias. Em sua palestra, que sucedeu a de Melo, o Lucchesi abordou esse e outros grandes desafios para tornar a inovação uma questão estratégica e uma agenda empresarial, como pretende a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Lançada em outubro de 2008, a MEI ganhou projeção neste ano com a publicação em agosto, durante o 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, do Manifesto pela Inovação. Assinado por 100 principais CEOs do País, o documento foi entregue ao presidente Lula no final de outubro. De acordo com Lucchesi, o próximo passo da MEI será a criação da Rede de Núcleos de Inovação (RNI), composta por 35 núcleos, que serão formados com associações nacionais setoriais. Essa ação criará uma plataforma de mobilização das empresas pela inovação, estima. Nossa ambição é sensibilizar dez mil empresas para a importância de inovar e fazer com que pelo menos cinco mil incorporem ferramentas de gestão da inovação, revelou. Encerrando a programação do encontro, o coordenador geral da X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, Mario Eduardo Barra, apresentou as novidades do evento. Uma delas é a continuidade da apresentação de casos de empresas e ICTs, que foi iniciada na Conferência realizada neste ano em Porto Alegre. Os interessados poderão enviar os resumos dos trabalhos até 15 de fevereiro de 2010 para avaliação do comitê técnico. Com o tema Cooperação para Inovação Sustentável, a X Conferência Anpei será realizada nos dias 26 a 28 de abril de 2010 na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

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