O desenvolvimento de compósitos plásticos reforçados com composto oriundo da lama de celulose e uma planta de conversão de resíduos para geração de energia térmica foram as soluções apresentadas para os desafios tecnológicos propostos pela empresa Celulose Irani, na Plataforma iTec (leia o texto Celulose Irani procura solução para resíduos sólidos). A primeira foi proposta pela pesquisadora Alessandra de Almeida Lucas, do Departamento de Engenharia de Materiais, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e a segunda pela empresa Hoister, da cidade de Guaíba (RS), a 30 quilômetros de Porto Alegre. A solução apresentada por Alessandra é única para os três desafios da Irani. Propomos juntar o lodo biológico, as cinzas de caldeira de biomassa e os resíduos plásticos e acrescentar a eles alguns aditivos adequados, para produzir compósitos poliméricos, explicou. Esses compósitos poderiam ser empregados na construção civil e na indústria automobilística. Segundo Alessandra, os diferenciais da solução proposta estão na agregação de valor a estes resíduos para um mercado em expansão no Brasil, produzindo compósitos de alto conteúdo tecnológico e apelo ecológico, e na experiência da equipe no desenvolvimento de tais produtos e formulações. Segundo Rodrigo Dias, gerente de Engenharia da Hoister, a solução apresentada por sua empresa resolve dois dos desafios da Irani. A planta de conversão de resíduos para geração de energia térmica que propomos resolve o problema dos resíduos de aparas mistas de plásticos resultantes do processo de reciclagem do papel ondulado e do lodo oriundo do tratamento de efluentes da celulose Irani, garantiu. O nosso sistema reduz em até 92% os resíduos plásticos no fluxo da planta e em até 50% a umidade do lodo do efluente. Além disso, a planta reutiliza os resíduos como alternativa viável para a produção de energia térmica, assegurou Dias.

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