Com o objetivo de buscar soluções locais para os problemas tecnológicos que enfrentam no dia a dia com motores a etanol, um consórcio de empresas automobilísticas brasileiras iniciou um projeto de pesquisa em parceria com universidades do Estado de São Paulo para melhorar o entendimento sobre os desafios tribológicos (de atrito e desgaste) em motores flex-fuel. O consórcio tem a participação das associadas Mahle, Petrobras, Fiat, Volkswagen, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além da Renault e da Universidade Federal do ABC (UFABC). A iniciativa é apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), que financia pesquisa em colaboração entre universidades e instituições de pesquisa e empresas. Percebemos que há uma série de problemas peculiares ao uso de motores a etanol que podem ser mais bem abordados por universidades e instituições de pesquisa do que pelas empresas, que realizam uma série de ações para resolver esses problemas, mas que têm suas limitações, disse Eduardo Tomanik, consultor de pesquisa e desenvolvimento da Mahle. De acordo com Tomanik, a iniciativa é pioneira no Brasil, onde ainda não é comum indústrias automobilísticas participarem de consórcios de pesquisa na etapa de conhecimento pré-competitivo na qual ainda não foram descobertas tecnologias que resultem em vantagem comercial. Almejamos com esse projeto ter um conhecimento estruturado que permita às empresas participantes abordarem problemas em escala industrial, como, por exemplo, quais as reações químicas que ocorrem no óleo quando ele está contaminado com o etanol e consome as peças, disse. Outro objetivo do projeto é formar mão de obra especializada para desenvolver pesquisa na indústria automobilística brasileira. Embora seja muito intensiva em tecnologia, quase não se realiza pesquisa na indústria automotiva. Nós pretendemos diminuir esta lacuna, disse Tomanik. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, lembrou que, além desse projeto, a Fundação também apoia atualmente mais de uma centena de pesquisas relacionadas à melhoria da eficiência de motores, movidos a etanol. É um assunto de extrema relevância para o País e, especialmente, para o Estado de São Paulo. (Com informações da Agência Fapesp)

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