O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda lançar uma segunda fase do Criatec, fundo de investimento na modalidade capital semente, e está criando um novo fundo para apoiar empresas nascentes que desenvolvam tecnologias verdes. A informação foi dada por Fernando Tavares, que atua na área de análise de fomento e projetos e formulação de produtos para apoio à inovação do BNDES, durante a XII Conferência Anpei, que se encerra hoje em Joinville (SC). Tavares participou do workshop Investimentos Públicos de Risco: BNDES e Finep, realizado na tarde desta terça-feira (12/6) na XII Conferência Anpei. O workshop contou também com a apresentação de Ada Gonçalves, da área de planejamento da Finep. Ela falou sobre o Programa Inovar, que busca incentivar a formação de um mercado de fundos de capital de risco no Brasil. Tavares apresentou os programas existentes no BNDES para apoiar as atividades de inovação das empresas: o BNDES Inovação, o BNDES Automático e serviços que podem ser contratados pelas empresas que têm o Cartão BNDES, como testes em laboratórios, prototipagem etc, ações que são parte do processo inovativo. O BNDES entende que inovação é uma prioridade, o que se expressa na forma de condições diferenciadas nas linhas de financiamento que apoiam essas atividades. O objetivo do banco ao apoiar a inovação é aumentar a competitividade das empresas, afirmou. Na categoria investimentos de risco, a principal ação do BNDES é o fundo de capital semente Criatec. Na sua primeira rodada de aplicação de recursos, já encerrada, o fundo apoiou 42 empresas nascentes inovadoras no Brasil. Agora o banco estuda lançar a segunda rodada de captação de recursos do fundo, que seria o Criatec 2, para investir em novas empresas. Ele também falou de uma nova ação do BNDES nesse campo: a criação do Fundo de Inovação em Meio Ambiente, que vai ser direcionado para empresas que desenvolvam inovações em tecnologias verdes. Tavares não deu prazo para o lançamento do Criatec 2 e do novo fundo. Ele mencionou, ainda, o Funtec, cujos recursos são aplicados em projetos de universidades e institutos de pesquisa que têm potencial para se transformar em um produto ou serviço para o mercado. Segundo Ada Gonçalves, da Finep, o último censo feito pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getúlio Vargas (GVCepe-FGV), em 2009, apontou que US$ 36 bilhões foram comprometidos no Brasil nas modalidades venture capital e private equity, que apoiam empresas cujos produtos ou serviços estão mais próximos de chegar ao mercado. Ela destacou, ainda, o bom momento vivido pelo Brasil, que apareceu na pesquisa Emerging Market Private Equity Survey 2011 como o país de maior atratividade em termos de investimento no mundo. Ada fez um balanço das ações da Área de Investimentos da Finep, que são integradas no Programa Inovar: o Venture Forum Finep, o Inovar Fundos, o Seed Forum, o Inovar Anjos, e o Inovar Semente. A Finep comprometeu R$ 412 milhões em fundos de capital de risco, que investiram em 91 empresas. Com os fóruns, a Finep identifica empresas interessantes para o mercado de fundos. Selecionamos e preparamos as empresas para receber esse tipo de investimento, explicou. A Finep já realizou 12 edições do Seed Forum, 19 do Venture Forum e seis do Forum Brasil Abertura de Capital.

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