O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou em 2011 o total de R$ 2,6 bilhões para inovação, um valor recorde, 92% superior ao resultado de 2010, quando foi liberado R$ 1,3 bilhão. Os recursos para a área crescem progressivamente: em 2009, o valor foi de apenas R$ 563 milhões, 144% a menos que em 2010. Na análise dos desembolsos por programa ou produto, a rubrica “Outros” teve maior volume, com R$ 1,3 bilhão. Nela, pesou a participação de R$ 1 bilhão em linhas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), como a venture capital. Entraram também recursos alocados em outras linhas do banco que possuem algum componente de inovação no projeto. O Proengenharia teve desembolso de R$ 531 milhões, destinados ao financiamento de projetos de engenharia nos setores de bens de capital, defesa, automotivo, aeronáutico, aeroespacial, nuclear, naval e petróleo e gás. O programa foi criado em 2010, a partir de reformulação do Engenharia Automotiva, que foi descontinuado. Em seu primeiro ano de atividade, o Proengenharia desembolsou R$ 449 milhões, puxados principalmente pelas indústrias aeronáutica e automotiva. Helena Tenório, chefe do Departamento de Inovação e Conhecimento do BNDES, explica que o banco pretende estimular participação de outros setores, trazendo “a parte mais rica” do processo produtivo, que agrega valor ao produto – caso da engenharia, do design e da criação de modelos. O Prosoft Empresa foi o terceiro programa em volume de recursos liberados em 2011, com R$ 283 milhões. O valor é consideravelmente inferior ao de 2010, que registrou R$ 436 milhões, e superior a 2009, quando foram desembolsados R$ 92 milhões. A flutuação se explica pela demanda reprimida em 2009, quando o programa ficou parado durante quatro meses. Também se destaca nas liberações de 2011 o total da linha Inovação Tecnológica, que contabilizou R$ 214 milhões para projetos de desenvolvimento ou aperfeiçoamento de produtos e processos, que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado. Os desembolsos da linha vêm crescendo: em 2010 foram R$ 14,5 milhões e, em 2009, R$ 7 milhões. O Cartão BNDES liberou no ano passado R$ 3,9 milhões em crédito a juros reduzidos para contratação de serviços de inovação, que incluem extensão tecnológica, acreditação hospitalar, avaliação de software e avaliação de conformidade para pequenas e micro empresas. Os serviços de inovação contabilizaram, ainda, 316 operações em 2011. Chama a atenção o aumento da cobertura no País. Em 2008, o produto estava disponível em 2.442 municípios brasileiros, o correspondente a 43,9% do total. Em 2011, o número foi ampliado para 4.681, ou 84% dos municípios do Brasil. Se considerados todos os serviços cobertos pelo cartão, o desembolso total foi de quase R$ 9 bilhões. E, somados os recursos de toda a carteira de inovação, as MPME receberam 83,4% do volume de operações, incluindo o Cartão BNDES. (Com informações do BNDES)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.