O BNDES anunciou que está reduzindo os juros de seus financiamentos, de modo a ampliar seu apoio ao setor de bens de capital, à inovação, ao desenvolvimento da engenharia nacional e melhorando o acesso ao crédito para as micro, pequenas e médias empresas. As medidas visam reforçar a atuação do Banco como instrumento de estímulo à realização de investimentos no Brasil. São também uma continuação das ações em curso da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), do governo federal. A base do esforço de redução de juros é a diminuição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que, por decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), passa de 6,25% para 6% ao ano. A queda da TJLP, associada à equalização de juros feita pelo Tesouro Nacional (o valor passível de equalização é de até R$ 44 bilhões), terá impacto generalizado nas taxas praticadas pelo BNDES, beneficiando a todo o setor produtivo. Além disto, está sendo lançado o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que dará garantias às operações de repasse do Banco às MPMEs. Bens de capital O Banco fez modificações nas suas linhas destinadas à aquisição e exportação de bens de capital. Os juros para aquisição e produção de máquinas e equipamentos nas linhas Finem, Finame, Finame Agrícola e BNDES Automático, foram reduzidos de 10,25%, em média, para 4,5% ao ano, exceto para aquisição de ônibus e caminhões, que terá taxa fixa de 7%. Na exportação, o custo do pré-embarque foi reduzido de 12,05%, em média, para 4,5%, e o do pós-embarque caiu em dois pontos percentuais. Também foi criado um programa para o refinanciamento de dívidas de empresas produtoras de bens de capital, com prazo de 12 meses, sendo até seis de carência. A redução de taxas e o prazo para requisitar o refinanciamento vão até 31/12/2009. Engenharia nacional e inovação Para estimular o desenvolvimento de novos produtos pelas empresas instaladas no país, o Pró-Engenharia poderá financiar a engenharia dos setores de bens de capital, cadeia de fornecedores para petróleo e gás e naval, aeronáutico, aeroespacial, nuclear, defesa nacional e automotivo. O objetivo é fortalecer as áreas de engenharia das empresas e estimular o aprimoramento das competências e do conhecimento técnico do país. O programa prevê apoio às atividades de engenharia local, destinada ao mercado interno e externo. Terá orçamento de R$ 4 bilhões e vigência até 31 de dezembro de 2010. O BNDES também reduziu até 31/12/2009 as taxas das duas linhas direcionadas ao financiamento à inovação, com foco nas empresas ou em projetos. Na linha de capital inovador, com foco nas empresas, a taxa que era de 9,25%, incluindo a taxa de risco média de 3%, passa a ser de 4,5% fixa. Para o financiamento a projetos na linha de inovação tecnológica, os juros passam de 4,5% para 3,5% ao ano. MPMEs O Cartão BNDES, produto direcionado às micro, pequenas e médias empresas, passa a ser um instrumento para financiar a inovação. A partir de agora, será possível contratar, com o uso do cartão, serviços de pesquisa, desenvolvimento e inovação aplicados ao desenvolvimento de produtos e processos. A iniciativa visa permitir que as MPMEs tenham acesso facilitado ao crédito para melhorarem seus produtos e processos, de forma a ganharem maior competitividade. Também está sendo criado o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que dará garantias às operações de repasses do Banco às MPMEs. O FGI será um importante instrumento para minimizar riscos de operações de crédito e, dessa forma, contribuirá para eliminar um dos principais obstáculos ao financiamento às empresas de menor porte, que é a dificuldade de estruturação de garantias. O Fundo poderá garantir até 80% do crédito contratado por MPMEs junto ao BNDES e o seguro terá custo máximo de 0,15% ao mês. (Fonte: BNDES)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.