A Bosch do Brasil, junto com laboratórios da Índia, China e Rússia, desenvolveu um módulo para fornecimento de combustíveis fora do comum. O equipamento serve para todos os mercados dos países participantes do projeto. O caso foi apresentado na manhã desta quarta-feira (5/6) na XIII Conferência da Anpei, em Vitória (ES). Montadoras de carros passam frequentemente por um pesadelo na hora de certificar os equipamentos de veículo em diferentes países. Cada mercado usa um tipo de equipamento, seja o a peça de encaixe da bomba de combustível, seja o adaptador para acomodá-la no carro. Percebendo a necessidade da criação de uma peça que fosse única para vários mercados, a Bosch mobilizou seus laboratórios no Brasil, na Índia, na China e na Rússia. O objetivo era criar uma peça com especificação única para o mundo todo. Por ser o primeiro equipamento desenvolvido em escala global e com a participação de múltiplos laboratórios, a Bosch fez o orçamento das peças que precisaria com 48 fornecedores ao redor do mundo, para 22 componentes. “Conseguimos redução de aproximadamente 30% no custo do material que compramos”, explicou Danilo Silva, representante brasileiro no projeto. No total, a empresa esperava gastar 2 milhões de euros com pesquisa e desenvolvimento. “Gastamos apenas 1,5 milhão”, diz Danilo Silva, enaltecendo a gestão da inovação em redes, da qual participaram equipes de diferentes países em todas as etapas de desenvolvimento. O projeto começou a ser desenvolvido em junho de 2010 e entrou para fase de produção dois anos mais tarde. No Brasil, já estão sendo produzidas 500 mil peças por ano. Danilo Silva explica que as patentes foram registradas por cada laboratório em seu respectivo país e depois eram encaminhadas para a Alemanha, onde fica a matriz da Bosch. “Cada um recebeu crédito pelo que inventou durante o processo”, disse. Em projetos futuros, Danilo Silva reflete que as equipes precisam discutir a questão financeira antecipadamente. “Quem vai pagar o quê? Quem vai receber o quê? Poderíamos ter resolvido isso com mais velocidade”, ponderou. O grupo também quer, no futuro, fazer mais reuniões presenciais. “Teremos um gasto maior, mas economiza-se tempo e chega-se a conclusões mais rapidamente.”

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