Nanotecnologia, bioeconomia e recursos do mar, são algumas das áreas de interesse para cooperação científica entre Equador e Brasil, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente daquele país. Nesta quinta-feira (1), o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), Jailson de Andrade, recebeu, representando o ex-ministro Aldo Rebelo, a ministra do Meio Ambiente do Equador, Lorena Tapia, para discutir formas de avançar na cooperação bilateral em ciência, tecnologia e inovação (CT&I). “[O Equador] é um país em que a cooperação científica não é tão intensa com o Brasil e, certamente, essa reunião nos ajudará a incrementá-la bastante em várias áreas em que o Brasil tem uma experiência consolidada”, afirmou Jailson de Andrade. Segundo ele, a partir de agora, pesquisadores brasileiros irão visitar o Equador para traçar, em conjunto, o mapa desse trabalho. “Organizaremos uma missão ao Equador, como ficou acordado com a ministra, em que pesquisadores brasileiros, membros do MCTI e do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] irão desenhar atividades explícitas de cooperação, tanto na formação de recursos humanos, como de intercâmbio científico”, disse. Primeiramente, os trabalhos abrangerão as áreas de bioeconomia, biodiversidade e recursos do mar. “De início, serão as áreas mais visadas no momento”, resumiu. A ministra do Equador, Lorena Tapia, ressaltou que existe uma agenda comum de prioridades entres os países. “Vemos com muita expectativa alguns temas para priorizar uma agenda de pesquisa em biodiversidade, nanotecnologia, biotecnologia, e outras áreas que queremos concretizar nesse acordo para trabalhar em conjunto com o Brasil”, disse. Agenda bilateral O Brasil e o Equador firmaram o Acordo Básico de Cooperação Científica e Tecnológica em fevereiro de 1982. Contudo, somente em 2008 foi realizada a 1ª Reunião da Comissão Mista de Cooperação em Ciência e Tecnologia (C&T), prevista pelo Acordo Básico. Na ocasião ficou acertado que os dois países trabalhariam na definição de um Programa de Trabalho conjunto. No final de 2011, o Governo do Equador manifestou interesse em retomar os contatos, tendo em vista avançar na cooperação bilateral e redimensionar o Programa de Trabalho acordado em 2008, dando ênfase à capacitação de recursos humanos. Nesse sentido, foram realizadas duas videoconferências, em dezembro de 2011 e em janeiro de 2012, com o objetivo de identificar instituições e temas de cooperação. Entre 2010 e 2015, a cooperação bilateral foi retomada com a realização de três reuniões do Grupo de Trabalho entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Secretaria Técnica de Cooperação Internacional do Brasil (Seteci), a última delas entre 18 e 20 de maio deste ano. Os projetos negociados, a partir de 2015 com compartilhamento de custos, abarcam setores muito variados, entre eles a produção de frutíferos, o uso de biocombustíveis, a criação de bancos de leite humano, a produção de medicamentos genéricos, o combate ao trabalho infantil, o treinamento contra incêndios florestais, a introdução da televisão digital no Equador, a gestão de empresas estatais. (MCTI)

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