Empresas brasileiras e espanholas, que atuam na área de inovação tecnológica, vão ter o apoio de um programa anunciado semana passada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O edital faz parte de um acordo de cooperação firmado em 1996 entre a Finep e o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI), órgão do governo espanhol. O edital será lançado oficialmente em Madri, no próximo dia 14. Nesta quinta-feira, foram apresentados os detalhes do edital, durante encontro que reuniu potenciais empresas parceiras dos dois países dos setores aeroespacial, petróleo e gás, energia, meio ambiente e tecnologia da informação, sendo 21 espanholas e 11 brasileiras, o que já sinaliza possibilidades concretas de parcerias que serão exploradas no âmbito do edital, disse à Agência Brasil o presidente da Finep, Luís Fernandes. O edital objetiva o desenvolvimento de projetos das empresas dos dois países para impulsionar a inovação de seus produtos, objetivando o mercado mundial, e está aberto a projetos de todos os setores de atividades econômicas e qualquer tecnologia de base, informou a Finep. Os projetos apresentados deverão ter, no mínimo, uma empresa de cada país. As propostas poderão ser enviadas até o dia 31 de dezembro. A partir daí, em um processo que se estenderá até junho de 2016, ocorrerá a seleção dos projetos que, no caso da Finep, receberão crédito, dentro das linhas da política operacional da instituição, que variam de acordo com o grau de inovação do projeto apresentado. Não há uma linha pré-determinada, disse Luís Fernandes. No lado espanhol, os projetos serão apoiados com crédito e subvenção econômica. Uma vez selecionados, os projetos entram no processo de análise das agências de fomento à inovação do Brasil e da Espanha. No caso da Finep, eles entrarão no mecanismo Finep 30 dias, que reduziu o tempo médio de análise de pedidos de financiamento para empresas brasileiras. Em junho [de 2016], nós teremos a contabilidade final dos projetos que serão contemplados dos dois lados, disse o presidente da Finep. O prazo para execução varia de acordo com o grau de inovação do projeto e a área de enquadramento. Conforme o enquadramento, ele (projeto) tem tempos distintos de execução e também condições financeiras diferentes. Então, depende da natureza do projeto que for aprovado. Haverá contrapartida para as empresas, que varia de acordo com o enquadramento do projeto de inovação. A participação mínima é estimada em 30% por empresa dos dois países. Luís Fernandes quer reeditar o formato do edital com outros países, como a Inglaterra e Noruega, operando até aqui com crédito. Mais adiante, a ideia é reformatar o programa para que a Finep possa apoiar as empresas, no âmbito dessas parcerias, não só com crédito, mas com subvenção econômica, e também com apoio a projetos de parceria entre empresas e universidades. Eles teriam acesso ao amplo leque de instrumentos da Finep e não apenas ao crédito, disse. Esse será, segundo ele, o próximo passo de desdobramento desses programas de apoio a parcerias empresariais para inovação. O presidente da Finep pretende que em junho do próximo ano, uma vez concluída a fase de recebimento de propostas, o programa possa ser relançado com um desenho que comporte uma gama mais ampla de empréstimos para projetos de inovação. (Agência Brasil – EBC)

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