Gestores públicos do Brasil e do Reino Unido finalizaram mais uma ação na parceria bilateral que busca impulsionar a inovação no setor de energia. Do dia 2 ao dia 5 de fevereiro, o grupo participou de um workshop sobre iniciativas de cooperação, no Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília. No último dia, foi apresentada uma síntese do evento, que contou com apresentações, estudos de caso, exercícios e relato de experiências desenvolvidas. O evento é parte de um projeto sobre inovação na área de energia, realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Embaixada do Reino Unido, tendo como executores o CGEE e o Carbon Trust organização europeia que atua, em diversas partes do mundo, com a missão de acelerar a transição para uma economia sustentável de baixo carbono. O coordenador-geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do MCTI, Eduardo Soriano, lembrou que a parceria com o Reino Unido tem sido uma das prioridades dentro da política do ministério, principalmente na área de energia e inovação. “É um país que realmente trabalha de uma forma bastante interessante e com modelos e abordagens diferentes, o que é bastante interessante para o Brasil”, afirmou. Histórico De acordo com o representante do MCTI, vários trabalhos foram desenvolvidos nos últimos quatro anos, como cursos, encontros de reitores e de negócios. “O primeiro deles foi o projeto Capacity Building on Energy, que tinha o objetivo de aumentar a interação entre universidades brasileiras e britânicas e enviar mais estudantes no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras”, explicou Soriano, ao relatar o trabalho realizado no sentido de informar sobre as oportunidades existentes em outras instituições de ensino superior britânicas de referência, além das mais conhecidas como Oxford, Cambridge, entre outras. Segundo Soriano, a expectativa é era que o projeto permitisse conhecer modelos de todo o sistema de ciência e tecnologia, como empresas, órgãos governamentais, universidades e outras organizações do setor. Para isso, foram feitas missões e visitas técnicas a centros de pesquisa e estudos, nos quais foram avaliadas metodologias para o incremento da inovação no setor energético britânico como também em países que estão à frente nesta questão, como os Estados Unidos e a Dinamarca. Uma das experiências britânicas que podem servir de referência para o Brasil são os centros de teste e demonstração. “É um conceito que não existe no Brasil. Nos nossos centros só é possível testar um equipamento para certificá-lo, enquanto lá existe um esforço no sentido de colocar no mercado, ensinar a forma de se fazer o sistema de demonstração, além da própria avaliação das tecnologias com as possíveis sugestões de modificações”, relata. Paralelo a esse esforço, o CGEE também avaliou os problemas brasileiros, que nortearam a elaboração dos cursos de coordenação e priorização de programas e de estruturação de centros de testes voltados para inovação. “É um projeto que visa estreitar as relações e abrir portas para a interação bilateral, parcerias e promoção de encontros empresariais”, diz o coordenador-geral. “Um trabalho como esse é importante para subsidiar as decisões que levam a direcionamentos na área de energia elétrica, em particular, na área de inovação”, comentou o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel, Máximo Luiz Pompermayer. “Importante essa parceria para avançar no diálogo, para inserir a inovação e entender os resultados que ela traz”, afirmou a diretora do programa de cooperação na área de energia e negócios da Embaixada do Reino Unido, Bárbara Brakarz. “E existem outras possibilidades de parceria no horizonte”, acrescentou. (MCTI)

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