Se o Bill Gates fosse brasileiro, ele ainda estaria trabalhando na garagem, disse o professor e consultor em empreendedorismo, Fernando Dolabela, autor do livro O segredo de Luisa. Dolabela foi um dos debatedores do painel O empreendedorismo e políticas públicas, que aconteceu durante a abertura oficial da 2ª Semana Global de Empreendedorismo, em 16 de novembro, em São Paulo. Dolabela referiu-se à trajetória empresarial de Gates, que abandonou o ensino superior para se dedicar a uma empresa de fundo de quintal, a Microsoft. No Brasil, investe-se muito pouco em inovação e tecnologia. É preciso mais apoio aos negócios inovadores, afirmou, citando a pesquisa GEM 2008. A pesquisa mostra que o Brasil possui uma das mais baixas taxas de lançamento de produtos novos (desconhecidos para o consumidor) e de uso de tecnologias disponíveis há menos de um ano no mercado. Em uma lista de 43 países, considerando os empreendimentos iniciais (até três anos e meio no mercado), o Brasil ocupa o 42º no ranking. Quando avaliados os empreendimentos já estabelecidos (com mais de três anos e meio no mercado) o Brasil ocupa o 38º lugar. Do total de empreendedores ouvidos pela pesquisa GEM, somente 3,3% afirmam que seus produtos podem ser considerados novos para os clientes. No Brasil, a Semana Global de Empreendedorismo foi aberta oficialmente em 16 de novembro, no Museu Brasileiros de Escultura (Mube) pelo presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto, e o presidente da Endeavor, Rodrigo Teles. Outro debatedor, o deputado federal Emanuel Fernandes, ex-prefeito do município paulista de São José dos Campos, e um dos vencedores do Prêmio Prefeito Empreendedor do Sebrae, acredita que para melhorar o protagonismo brasileiro no cenário mundial é preciso mexer na sociedade brasileira. Autor de um projeto de lei que coloca o ensino do empreendedorismo em todas as escolas brasileiras, Fernandes disse que o Brasil precisa crescer mais. Nós estamos praticando hoje o subdesenvolvimento sustentável. A estrutura que existe é castradora do espírito empreendedor. Apesar de o capital estrangeiro estar procurando o País, precisamos ter cuidado para não desenvolver uma sociedade como a francesa, voltada para o emprego. Já Telmo Costa, do Movimento Brasil Competitivo, disse que o Brasil precisa escolher qual é a sua vocação e que papel quer ter no contexto mundial. Estamos no radar de todos os países. Isso nos obriga a sermos mais competitivos e nos adequarmos à realidade de transformação. Precisamos, no entanto, eliminar alguns dogmas como a política trabalhista e a educação corporativa, entre outros. (Fonte: Agência Sebrae)

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