Pesquisa da General Electric (GE) sobre inovação, feita com 2.800 executivos em 22 países, colocou o Brasil na 17ª posição no ranking de percepção do ambiente, com 52 pontos (na classificação, quanto mais próximo de 100 mais favorável à inovação é o ambiente percebido no país), atrás de China, Índia e África do Sul. O estudo “Barômetro Global da Inovação 2012” foi apresentado pela GE durante o World Economic Forum, em Davos, em janeiro deste ano. Os participantes precisavam estar envolvidos diretamente com a estratégia de suas empresas em relação à inovação e à tomada de decisão para que pudessem integrar a pesquisa. Os países incluídos na pesquisa são a Argélia, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Israel, Japão, México, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Singapura, Suécia, Turquia, Emirados Árabes, Reino Unido e EUA. A pesquisa mostrou, ainda, que o empresário que atua no Brasil é o que mais acredita que o ambiente para a inovação está melhorando – essa é a posição de 96% dos entrevistados. Contudo, os entrevistados avaliaram que o ambiente ainda é desfavorável para a inovação. A percepção dos empresários brasileiros é que falta intensidade e eficiência no suporte governamental à inovação. Somado a isso está o excesso de burocracia, que atrasa o desenvolvimento de iniciativas inovadoras. Entre os 200 executivos entrevistados no País, 89% responderam que a inovação precisa ser localizada para atender às necessidades específicas do nosso mercado – a média global de pessoas que concordam com essa afirmação ficou em 74% e, em todos os países desenvolvidos, menos de 80% dos entrevistados concordaram. No Brasil, os empresários apontaram o setor da construção como aquele que tem o maior potencial de crescimento impulsionado pela inovação (21%) – para os outros países, a construção aparece em quarto lugar, atrás do setor de energia, de saúde e de telecomunicações. A demanda do setor da construção no País, alavancada nos últimos anos pelos grandes eventos esportivos que serão realizados aqui e também pela expansão de projetos de habitação no governo Lula, ajuda a explicar essa aposta no setor. (Com informações da GE e do Valor Econômico)