O sucesso do polietileno verde’, extraído do etanol, uma criação da Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht, motivou a empresa a explorar outros filões do segmento. O próximo desafio lançado pela empresa será o desenvolvimento de uma versão green de polipropileno. A ideia é investir US$ 100 milhões em uma fábrica com capacidade mínima de 30 mil toneladas ao ano. “O polipropileno é um plástico mais resistente, muito comum em eletrodomésticos e pára-choques”, explica Antônio Morschbacker, diretor de tecnologias renováveis. “Os estudos estão bem avançados, mas ainda não há previsão para a implantação do projeto.” O polietileno verde é utilizado hoje com sucesso em diversos tipos de embalagens por empresas espalhadas pelos quatro cantos do planeta: Coca-Cola, nos Estados Unidos; Danone, L’Occitane e Plastic Omnium, na França; Petropack, na Argentina; Natura, Tetra Pak e Tigre, no Brasil; Ecover, na Bélgica; Papier-Mettler, na Alemanha; Shiseido, no Japão etc. etc. A conquista do mundo começou a sair do papel em 2006, no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa, situado no Polo Petroquímico de Triunfo. Um ano depois, entrou em operação uma planta-piloto com capacidade instalada de 1 tonelada por mês. Pequenos lotes do bioplástico passaram, então, a ser despachados para alguns poucos e bons clientes potenciais, casos de Danone e Toyota. A novidade despertou tanto interesse que a empresa anunciou, em 2008, o investimento de cerca de R$ 500 milhões na construção de uma fábrica em Triunfo (RS), em parceria com a Toyota Tsusho, trading company do grupo encabeçado pela montadora japonesa. Com potencial de produção de 200 mil toneladas por ano, o equivalente a 25% do mercado mundial do insumo, a unidade deu a partida em 2010. Logo de início, uma surpresa em relação à demanda. “Acreditávamos que iríamos vender quase tudo para a Europa, mas surgiram pedidos expressivos de outros pontos do mapa-múndi, inclusive do Brasil, que responde por 15% das encomendas”, conta Morschbacker. “A Coca-Cola, por exemplo, emprega a nossa matéria-prima nas caixas dos sucos Odwalla, à venda nos Estados Unidos. No mercado doméstico, além de indústrias, fechamos negócio com a rede de supermercados Zaffari, do Rio Grande do Sul, que usa o polietileno verde’ em saquinhos.” “A cana-de-açúcar, marco zero da produção no polietileno verde’, tem uma capacidade de absorção de carbono 100% maior, no mínimo, do que outros vegetais utilizados em plásticos. É uma vantagem considerável”, observa o executivo. (Com informações do Brasil Econômico)

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