22/11/2016
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estabeleceram uma agenda de planos de ação para aprofundar e desenvolver a cooperação multilateral em economia digital e tecnologias da informação e comunicação (TICs). A decisão tomada durante o 2º Encontro de Ministros das Comunicações dos Brics, realizado na Índia, foi divulgada em 17/11 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Para o secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, a iniciativa deve multiplicar os resultados da cooperação, a partir de uma agenda mais robusta. “Esses planos de ação geram uma janela de trabalho e, agora, teremos que conversar o tempo todo com as outras partes. Existe uma proposta de juntar os representantes dos ministérios dos cinco países em reuniões virtuais mais frequentes, antes de nos revermos fisicamente, na China, em 2017.”
Os Brics definiram seis planos de ação, com distribuição de responsabilidades. Por meio das secretarias de Telecomunicações (Setel) e de Política de Informática (Sepin) do MCTIC, o Brasil assumiu compromisso de liderar duas frentes: agendas nacionais digitais, ao lado da África do Sul, e comércio entre empresas (B2B, sigla para business-to-business), com a China.
O País pode, ainda, contribuir nos debates em torno dos outros quatro tópicos – pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I); reforço das capacidades; governo eletrônico, incluindo aplicações móveis; e engajamento e articulação internacional.
Planos de ação
De acordo com o MCTIC, os países membros do Brics apontaram agendas digitais nacionais como elementos cruciais para consolidar o crescimento econômico e social, ao alimentar e desenvolver o ecossistema doméstico de TICs. O plano de ação prevê: compartilhar informações e estudos de caso em políticas e programas; estimular a implantação e o uso da banda larga; promover intercâmbio de especialistas e workshops; incentivar a comunicação direta entre ministérios, instituições governamentais e agências; identificar desafios e boas práticas nas esferas política, de regulação e de segurança; explorar oportunidades de construir uma rede de cabos submarinos que una os Brics, capaz de suprir necessidades globais via parcerias público-privadas.
Em B2B, os ministérios indicaram como caminho a construção de uma rede de parcerias de negócios para superar barreiras geográficas e linguísticas, por intermédio de companhias, associações empresariais e órgãos governamentais.
Dentro do plano de ação, está previsto o engajamento business-to-business nos diversos segmentos da indústria, o estímulo à mobilidade de profissionais de alta qualificação e a mobilização da cooperação entre agências estatais e academia para criar e promover novas tecnologias e aplicações.
(Agência Gestão CT&I/ABIPTI, com informações do MCTIC)