Se alguns economistas afirmam que a vocação do Brasil está na agricultura, São José dos Campos (SP) está aí para provar o contrário. Na contramão da indústria nacional, a cidade no interior paulista cresce junto com a sua principal empresa, a Embraer, de aeronáutica e defesa. A empresa conseguiu ganhar concorrências internacionais (a mais famosa foi a dos aviões Super Tucano pelas Forças Armadas dos EUA), além de encomendas da aeronáutica brasileira, e teve crescimento de 133% em seu lucro operacional em 2012. Com isso, atraiu pequenas e grandes da aviação. Boeing e a EADS, controladora da Airbus, já anunciaram centros de pesquisa na cidade. “A gente viu o potencial de inovação do Brasil”, afirma Al Bryant, vice-presidente do centro de pesquisa e tecnologia da Boeing no Brasil. A empresa firmou uma parceria com a Embraer para o desenvolvimento de biocombustíveis. Para Sebastião Cavali, secretário de desenvolvimento econômico de São José dos Campos, a Boeing foi atraída pelo projeto do KC-390, cargueiro militar desenvolvido pela Embraer e que tem a intenção de substituir o avião Hercules, um dos mais usados pelas Forças Armadas. Além disso, o anúncio do governo brasileiro que vai reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB) com a compra de aeronaves militares pode ter influenciado a decisão da empresa, afirma. A italiana Magnaghi é outra que veio ao país, por meio da união com a Friuli, empresa fundada na década de 1980 por Gianni Cucchiaro Bravo. Até então, era voltada para a execução de peças. Com a fusão, passou a atuar na concepção de conjuntos do KC-390, com engenheiros italianos e brasileiros. Cerca de 80% das operações está ligada à Embraer. Com os novos contratos, a produção da Magnaghi Friuli cresceu 15%. As margens de lucro, no entanto, são apertadas. “Você tem que conceber 8% do reajuste na mão de obra, mas o preço do avião não reajusta”, afirma. A Akaer é outra que, criada em São José dos Campos, trabalha com projetos de aeronáutica. Seu principal cliente também é a Embraer, mas participa de projetos no exterior, como o da confecção do caça Gripen, da Suécia, segundo o presidente César Augusto da Silva. Em 18 meses, pretende triplicar o faturamento da empresa, de R$ 17 milhões para R$ 50 milhões. (Com informações da Folha de S. Paulo)

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