Neste ano a XII Conferencia Anpei dedicará um tempo especial aos Comitês Temáticos da Associação. Além de três palestrantes internacionais, cases de empresas inovadoras serão apresentados para estimular o debate e ressaltar questões relacionadas à realidade nacional. Os cases serão apresentados pelo empreendedor brasileiro Eduardo de Mello e Souza, pela Basf e pelo Grupo Fleury no plenário da XII Conferência Anpei, que se realiza de 11 a 13 de junho em Joinville, Santa Catarina. Os comitês temáticos orientaram as apresentações para que elas pudessem trazer as experiências e aprendizados das companhias em gestão da propriedade intelectual, indicadores de desempenho em inovação aplicados à gestão, e interação com instituições científicas e tecnológicas. Esses pontos são frentes de trabalho dos Comitês Temáticos Anpei, que tem por objetivo discutir temas considerados relevantes para as empresas associadas e seus gestores de pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e inovação. No dia 12 de junho, a sequência terá inicio às 10h, quando o empreendedor brasileiro Eduardo de Mello e Souza vai apresentar seu case logo após a palestra internacional de Paul Germeraad, da Intellectual Assets, sobre uso de tecnologias não patenteadas como estratégia para inovar. Souza atua hoje em um dos maiores escritórios especializados em proteção intelectual instalados no Brasil. Ele falará sobre como patentes ajudaram um grupo de empreendedores brasileiros a por de pé em um mercado de US$ 3,4 bilhões. O case vai contar como um grupo de cinco empreendedores brasileiros quatro engenheiros e um cirurgião dentista conseguiu usar patentes para atrair a atenção de grandes multinacionais do ramo protético. Além de contar os desafios enfrentados na construção de uma equipe capaz de criar um produto inovador, Souza vai relatar como foram superadas as dificuldades relacionadas à redação de patentes e os custos reais da proteção intelectual, como financiar a inovação quando não se pode recorrer a bancos nem a agências públicas, e como é possível fazer uso de patentes para se manter na mesa de negociações, entre outros tópicos, comenta Letícia Socal da Silva, coordenadora do Comitê Temático de Gestão da Propriedade Intelectual. Logo após a apresentação da palestrante internacional Annalisa Primi, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre indicadores de inovação, também no dia 12, às 12h, a Basf vai apresentar o case Gestão de Inovação e tecnologia – Indicadores de Inovação. A empresa vai falar sobre a seleção dos indicadores chave de desempenho (ou KPIs, sigla para Key Performance Indicator). Os KPIs formam a base essencial para a avaliação de realização e desempenho. Segundo a Basf, pesquisas recentes apontam que grande parte dos executivos não está satisfeita com as práticas de medição empregadas. Um dos problemas é que ainda há pouco consenso sobre quais são os indicadores essenciais ou que realmente traduzem a medida do desempenho em inovação. A Basf pretende mostrar na XII Conferência que existem diversas métricas na forma de indicadores de desempenho, sejam de entradas e de saídas e suas devidas perspectivas. Cada empresa deve decidir qual o KPI mais aderente ao seu negócio. Também deve lembrar que os indicadores têm dois papéis: descrever o estado atual do desempenho e exercer uma influência sobre os processos, sobre a organização, empregados e o negócio, ou seja, na gestão baseada em valor, explica Thomas Canova, coordenador do Comitê de Indicadores de Desempenho nos Investimentos em P,D&I. O terceiro case temático será apresentado no dia 13, às 12h, pelo Grupo Fleury, logo depois da apresentação de Gennaro Gama, gerente sênior de tecnologia da Fundação de Pesquisa da Universidade da Georgia (EUA), sobre interação universidade-empresa. O tema que será abordado pelo Grupo Fleury, um dos maiores laboratórios de análises clínicas do País, é Inovação aberta – incentivo à parceria com universidades e centros de pesquisa para geração de conhecimento científico e inovação tecnológica em Medicina e Saúde. A empresa detectou, em 2011, a oportunidade de estabelecer um processo estruturado e contínuo de inovação aberta, tendo como desafio estimular o desenvolvimento de projetos em áreas foco, utilizando novas tecnologias e promovendo a integração com diferentes áreas do conhecimento. Na XII Conferência Anpei, a empresa vai mostrar como estruturou seu processo de inovação aberta, que culminou com o lançamento de uma Chamada Pública de Projetos de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico Fleury, voltada para universidades e centros de pesquisa nacionais e internacionais em 2011. A definição de áreas foco foi resultante de ampla discussão com os pesquisadores, mantendo o alinhamento ao planejamento estratégico da empresa. Os projetos aprovados já estão em execução e devem ser concluídos até dezembro de 2013. Entre os fatores que contribuíram para o sucesso da iniciativa está o envolvimento dos pesquisadores que atuam no Fleury e que mantêm contato com universidades e centros de pesquisa, registra Gilson Manfio coordenador do Comitê Promovendo a Interação ICT-Empresa.

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