Este ano, o Prêmio Inova de Iniciação à Inovação chegou à sua oitava edição e realizou sua cerimônia de premiação dos projetos vencedores na última sexta-feira, 11 de dezembro. O Prêmio é uma iniciativa da Agência de Inovação Inova Unicamp em parceria com a Reitoria e tem como objetivo valorizar alunos e docentes da Unicamp que desenvolveram pesquisas com maior potencial de geração de produtos para a sociedade. A novidade desta edição é que, além de certificados, os orientadores dos projetos também receberam um prêmio em dinheiro. Foram premiados três trabalhos – um da área de Exatas, um de Biológicas e outro de Tecnológicas. O valor do Prêmio é de R$ 3 mil para o aluno e R$ 3 mil para o respectivo docente orientador, como forma de incentivo à sua participação e à continuidade das pesquisas inovadoras. A iniciativa é voltada para projetos PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) e PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) que possuam caráter de desenvolvimento tecnológico ou de inovação em colaboração com empresas. Concorreram os projetos submetidos ao Prêmio por meio do site do Congresso de Iniciativa da Unicamp. O professor José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp, confirma o mérito da iniciativa para o ambiente universitário, ressaltando o papel de universidade empreendedora desempenhado pela Unicamp. “O Prêmio é de extrema relevância para a Universidade, pois ajuda para que cumpramos nossa missão de produzir conhecimento que sirva à sociedade. É importante que estes jovens se espelhem na história da Unicamp”, afirma. Já o diretor-executivo da Inova Unicamp, o professor Milton Mori, frisou que estas tecnologias possuem potencial para serem depositadas como patentes e, posteriormente, licenciadas e absorvidas pelo mercado. “É preciso que estes alunos não fiquem na zona de conforto e abracem as oportunidades com criatividade e competência tecnológica”, diz Mori. Projetos Premiados em 2015 O projeto “Produção de microgéis por gelificação de emulsão A/O: avaliação de surfactante e concentração de óleo”, do aluno Gabriel Valbon Beleli, com orientação da professora Ana Carla Kawazoe Sato da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), foi premiado na categoria Exatas. Segundo a professora, o aluno Gabriel conseguiu desenvolver o estudo e produzir a microcápsula, otimizando o processo e diminuindo os resíduos e os custos. Esta evolução é importante para o mercado uma vez que, além de diminuir gastos, a pesquisa possui grande apelo pois traz uma alternativa à grande degradação de pró e pré-bióticos quando chegam ao estômago, por causa de sua acidez. “A ideia é tentar trazer estes compostos para que eles cheguem de forma mais integral em nosso organismo de modo que nós conseguimos consumir uma quantidade menor, mas de modo mais efetivo”, completa Ana Carla. A pesquisa faz parte de um projeto macro que tem como objetivo a criação de microcápsulas para incorporações de bioativos. Este projeto universal será continuado também por alunos de mestrado, com previsão de conclusão em 2017. Já na área de Biológicas, o projeto premiado foi do aluno Paulo Henrique Martins Neto e do professor Fabio Papes:  “Uso de leveduras geneticamente modificadas para o melhoramento da produção de óleos de interesse industrial”. Para o orientador da proposta e professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, a premiação representa um estímulo para os alunos continuarem suas pesquisas. “O Prêmio é muito significativo e serve como estímulo para os projetos com potencial de inovação tecnológica que estamos desenvolvendo em nosso laboratório. Para os alunos, receberem um prêmio desta natureza é algo que certamente desperta o ímpeto de seguir sua carreira em busca da inovação e da qualidade”, aponta Papes. O projeto também é parte de um estudo maior que objetiva a utilização de recursos renováveis para a produção de compostos industriais e deve continuar sendo desenvolvido. Em seu escopo, inclusive, já foi estabelecido um convênio com uma empresa privada, visando a sua continuidade. A pesquisa “Avaliação, purificação e caracterização de um biopolímero mucoadesivo e sua utilização em produtos farmacêuticos”, foi contemplado na categoria Tecnológicas. O projeto foi desenvolvido pela aluna Juciane de Paula André e seu orientador professor Francisco Benedito Teixeira Pessine do Instituto de Química (IQ). Os estudos, que tiveram início há alguns anos, contaram com a participação da ANS Pharma, empresa graduada pela Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). Questionado sobre a relevância e o impacto da pesquisa, o Professor conta que “o trabalho revela a potencialização das partículas diluídas na formulação de medicamentos para aplicação tópica, uma vez que são mucoadesiva e, assim, propiciam a entrega sustentável de medicamentos em uma forma e administração não-invasiva”. Ele revela ainda que a tecnologia, além dos benefícios de ordem terapêutica, quer firmar uma parceria com a indústria farmacêutica para colocar o produto no mercado e que, tanto ele quanto a aluna, deverão dar continuidade nos estudos. (Inova Unicamp)