O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, inaugurou no dia 19 de agosto, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio de Janeiro, o Laboratório de Pesquisas Gemológicas (Lapege), considerado o mais moderno laboratório de pedras preciosas da América do Sul. O objetivo, segundo o pesquisador responsável da unidade, Jurgen Schnellrath, é melhorar o desenvolvimento do setor brasileiro de gemas, joias e bijuterias. A nossa competência aqui é mais voltada para a parte de identificação e caracterização de pedras preciosas, mas também metais preciosos, explicou o pesquisador. O Lapege está equipado para comprovar se uma pedra tem, de fato, origem natural ou se é uma imitação sintética, como muitas que são encontradas no mercado. Com os espectrofotômetros, estamos habilitados a ir um pouco além do que aqueles laboratórios básicos podem ir, explicou. Deu como exemplo um diamante colorido que vale, em alguns casos, mais de US$ 1 milhão o quilate, que é um quinto do grama. Explicou, porém, que é possível criar essa cor de forma artificial nos diamantes. Você induz essa cor. Por isso, é complicado detectar a autenticidade do material usando ferramentas rudimentares. Daí, o Cetem ter investido nas técnicas mais avançadas, para poder resolver problemas que até hoje não tinham solução. Até agora, os interessados em comprovar a autenticidade de uma pedra tinham que enviar o material para os Estados Unidos e aguardavam meses por uma certificação. Hoje, nós passamos a ter um laboratório no país capaz de dar essas respostas em menor tempo e sem ter que enviar para tão longe. A meta é estabelecer um acordo de parceria com o IBGM, que representa o setor no país e nos eventos internacionais, pelo qual o Cetem deixaria de emitir laudos, hoje no volume de 100 por ano, passando essa atribuição aos laboratórios de menor porte. Isso é importante, salientou Schnellrath, porque a compra de uma joia depende da confiança do consumidor de estar comprando a coisa certa. É importante ter laboratórios capacitados para poder o consumo interno também acontecer. A certificação facilita também as transações, reforçou. (Agência Brasil)

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