De olho nas perspectivas de ganhos proporcionados pela produção nacional de terras raras, senadores, governo e especialistas vão discutir em audiência pública no Senado estratégias para exploração desses elementos químicos, encontrados em jazidas minerais e importantes para a produção de aparelhos como TVs digitais, laptops, tablets etc. A data da audiência na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal deve ser divulgada em breve. A audiência foi requisitada pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC). A atividade mundial de terras raras movimentou US$ 2 bilhões em 2010 e tem potencial para chegar a US$ 9 bilhões este ano. Baseado em estudo do congresso americano, o senador diz que a demanda por terras raras estimada para este ano é de 180 mil toneladas, acima das 134 mil toneladas observadas em 2010. Em seu requerimento, o parlamentar convida representantes dos ministérios de Minas e Energia (MME), de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) a participarem da audiência. Segundo Ronaldo Santos, diretor do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do MME, o Brasil já possui uma agenda positiva para desenvolver tecnologias para o aproveitamento desses elementos. Elaborada por um grupo de trabalho interministerial formado por integrantes do MME e MCT, a agenda também tem contribuições da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Santos declarou que há, também, projetos de empresas de pequeno e de médio portes, iniciados pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Fundação Certi), em elaboração para o desenvolvimento da cadeia produtiva de terras raras no País. O requerimento do senador Luiz Henrique lembra que o Brasil já foi líder desse mercado no passado, cita que está na hora de o País voltar a ter destaque na produção de terras raras. A China é o maior produtor mundial, ao produzir 120 mil toneladas anuais, o equivalente a 97% do total mundial. Segundo os últimos dados disponíveis, a produção nacional de terras raras somou 650 toneladas em 2009. É um resultado considerado modesto, apesar de o País “ostentar” o título de terceiro maior produtor mundial, atrás da China e da Índia. Esse último estaria em segundo lugar, com produção de 2,7 mil toneladas, segundo o documento. “O governo federal precisa retomar a atividade, que hoje não representa sequer 1% da produção mundial, num segmento em que o País já foi líder global”, reforça o senador. O relatório do parlamentar acrescenta que, no Brasil, há indícios de depósitos de terras raras principalmente em Catalão (GO), Pitinga (AM) e São Francisco do Itabapoana (RJ). (Com informações do Jornal da Ciência)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.