O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai lançar neste ano dois novos fundos Criatec, de investimento em capital semente, que têm como alvos empresas emergentes consideradas inovadoras. Com patrimônio total de R$ 340 milhões no mínimo, os novos fundos serão direcionados a companhias novatas de biotecnologia, saúde e agronegócio. O primeiro fundo Criatec foi criado pelo BNDES em 2007, sendo gerido por um consórcio de prestadores de serviços formado pela Antera Gestão de Recursos e pelo Grupo Instituto Inovação. Pelo fato de as empresas de tecnologia da informação (TI) já receberem atenção dos investidores anjos, que ingressam nas fases iniciais de negócio, e das empresas de capital de risco, os alvos dos novos fundos são empresas dos demais setores da economia, disse o gerente da área de capital empreendedor do BNDES, Filipe Borsato. A previsão é que o Criatec 2, com patrimônio de R$ 170 milhões, comece a investir neste ano. O início dos aportes do Criatec 3, de mesmo patrimônio mínimo, está programado para 2014. Cada fundo investirá em pelo menos 36 empresas, pré-operacionais ou não, com faturamento anual de até R$ 10 milhões. Vinte e cinco por cento dos recursos serão destinados a empresas com faturamento de até R$ 2,5 milhões. O BNDES será o principal cotista dos fundos, que também contarão com recursos de bancos de fomento regionais. O gestor nacional do Criatec 2 será a Ícone Investimentos, responsável por escolher as empresas investidas. A expectativa é que o gestor do Criatec 3 seja selecionado ainda neste ano. “Verificamos que ainda existe no Brasil demanda reprimida por capital semente”, disse Borsato. “O banco tem hoje um esforço maior em trabalhar a média empresa e a inovação. O Criatec tenta quebrar a barreira existente entre a academia e o mercado”, afirmou o gerente do BNDES. No Brasil, disse ele, apesar do grande número de estudos acadêmicos, há poucas patentes registradas. O primeiro fundo Criatec, com patrimônio de R$ 100 milhões, está concluindo a fase de investimentos. Com prazo de 10 anos, o fundo investiu em 36 empresas quatro já saíram do portfólio: três foram vendidas ao controlador, após discordâncias de gerenciamento, e uma foi adquirida por outra companhia. O BNDES não informa o retorno do investimento. Até o momento, os investimentos do Criatec 1 geraram mais de 20 patentes em biotecnologia, agronegócio, eletrônica e TI. Oitenta por cento desse patrimônio é do BNDES. “A nossa participação é grande porque temos dificuldade em encontrar investidores para nos acompanhar, dados os riscos e as dificuldades de investir em empresas nascentes”, disse Borsato. No Criatec 1, cada empresa recebeu R$ 1,5 milhão na primeira etapa de investimentos, montante que poderia chegar a R$ 5 milhões nas demais fases. Nos fundos dois e três, a primeira rodada será de R$ 2,5 milhões, podendo chegar a R$ 6 milhões. No primeiro fundo, houve empresas que receberam aportes de outros investidores, como a Geofusion, de sistemas de geolocalização, que recebeu recursos da Intel Capital, braço de investimentos da fabricante de chip Intel. (Com informações do Valor Econômico)

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