Cultivar ecossistemas regionais de inovação e potencializar o empreendedorismo de alto impacto é o objetivo de um movimento colaborativo lançado pelo Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As diretrizes da iniciativa, estabelecidas com base em um levantamento realizado junto à comunidade empresarial, foram sintetizadas no documento Visão de Futuro (2022), Competitividade & Inovação Políticas públicas e startups, apresentado nesta terça-feira (29/4) pelo presidente do Conic-Fiesp, Rodrigo da Rocha Loures, no encerramento da 14ª Conferência Anpei. Segundo Loures, o levantamento serviu para fundamentar propostas de mudanças nas políticas públicas específicas para startups. O documento foi construído por um processo participativo de dezenas de especialistas, empresários, acadêmicos e empreendedores, afirmou. Uma das conclusões do levantamento é que há necessidade de se utilizar mecanismos constitucionais e políticos para fomentar o empreendedorismo de alto impacto. O desafio é fazer investimentos focados em áreas prioritárias cujos retornos são mais significativos para a geração de riqueza e bem estar social. É preciso também elaborar políticas e leis específicas, disse Loures. De acordo com ele, a cultura da inovação é a pedra angular para alavancar o desenvolvimento sustentável no Brasil. Concluímos que para se fomentar a cultura de inovação é preciso promover as startups como força motora do desenvolvimento do país. Por isso estamos constituindo forças-tarefa de mobilização, disse. A ideia, segundo ele, é promover uma mudança de paradigmas. Uma das principais diretrizes estabelecidas pelo documento é a necessidade de valorizar os ecossistemas regionais de empreendedorismo de alto impacto. As políticas públicas para esse setor precisam ser formuladas e acionadas de forma compartilhada por todas as partes interessadas, declarou Loures. O documento indica também as causas que inibem o reconhecimento do potencial do Brasil como líder inovador e limitam formulações específicas para que governo, universidades e empresas criem uma cultura capaz de transformar o país em um modelo de inovação em escala internacional. Foram identificados os fatores principais que limitam a competitividade no Brasil. Há necessidade, em primeiro lugar, de vontade política. Em segundo lugar, é preciso construir uma visão estratégica uma tarefa para a qual a Anpei tem contribuído muito. Além disso, segundo ele, é preciso dispor de indicadores de inovação e competitividade, que no Brasil são extremamente limitados. É preciso ainda aprimorar o elenco de políticas públicas disponíveis. E, por fim, precisamos enfrentar nossos problemas de governança. Em São Paulo, por exemplo, tivemos um grande esforço nos últimos 10 anos e o Estado investe em inovação na proporção um país desenvolvido, mas os resultados são ainda praticamente inexistentes. Isso acontece porque, sem governança, os trabalhos acontecem desconectados, declarou Loures. Segundo Loures, a partir do levantamento, o Conic estabeleceu um plano estratégico para uma agenda nacional de empreendedorismo e inovação. O objetivo é engajar os principais atores, oferecendo esforços combinados para implementar mudanças que alavanquem a competitividade empresarial no país. A agenda prevê uma série de oficinas regionais com o tema Conduzindo práticas e políticas para novo estágio, que serão realizadas entre junho e setembro. Em outubro, durante o Congresso Nacional de Inovação, será lançada uma plataforma web para validar as propostas iniciais da agenda. Depois disso, os Comitês Executivos da instituição irão encampar as ações para execução do plano estratégico entre 2015 e 2022.

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