Em um mundo em constante mutação, onde as patentes são usadas como armas em guerras entre empresas de tecnologia, como pensar o sistema de propriedade intelectual a serviço do desenvolvimento global? Para responder esse desafio, especialistas se reuniram nos dias 11 e 12 no Rio de Janeiro, em um encontro organizado pelo INPI e o Fórum Econômico Mundial, com apoio da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). De acordo com o ex-diretor geral do Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO), David Kappos, não poderia haver melhor cenário para esta discussão atualmente do que em um país como o Brasil, que registra um crescimento nos pedidos de patentes e é conhecido por sua economia criativa. O conselho temático sobre propriedade intelectual, um dos 88 criados pelo Fórum Econômico Mundial, discute metas da agenda até 2030. Espera-se dela, por exemplo, apontar como a propriedade intelectual pode ser usada como ferramenta de incentivo à geração de emprego e renda. Para alcançar resultados como este, o conselho, do qual faz parte o presidente do INPI, Jorge Avila, realiza pesquisa sobre mecanismos que possam incentivar o uso de tecnologias protegidas para fins sociais. Naldo Medeiros Dantas, secretário executivo da Anpei, participou do fórum. Na oportunidade, ele falou sobre inovação aberta. “Multiplataformas e multitecnologias são hoje encontradas não só nos computadores, como também no nosso fogão, na geladeira, em tudo”. Trata-se de uma realidade imposta, não só por questões econômicas, mas também pelas exigências do consumidor que busca produtos recheados de propriedade intelectual, como marcas e patentes. É esta exigência que provoca a necessidade de inovação tecnológica. Naldo Dantas diz que, nesta busca, algumas associações são realizadas com facilidade, outras nem tanto. Entre empresas que conhecem os mecanismos da cadeia produtiva, o trabalho é mais fácil. Elas enfrentam os mesmos problemas. Já entre universidades e empresas, as associações têm sido mais difíceis. Entre elas, a propriedade intelectual é vista de forma diferente, com interesses diferentes. Ao final do encontro, os membros dos Conselhos da Agenda Global produzirão um relatório com propostas que serão apresentadas na próxima edição do Fórum Econômico Mundial. (Com informações do INPI)

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