O Conselho Nacional das FAPs (Confap) realizou na semana passada, em Belo Horizonte, o seu Fórum Nacional, com a presença de representantes das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), de órgãos de fomento federais e de organizações internacionais de apoio e disseminação de atividades de pesquisa científica e tecnológica. O encontro teve o objetivo de avaliar o desempenho de programas desenvolvidos em cooperação com agências federais e discutir perspectivas de articulação e de apoio das FAPs a projetos cooperativos no Brasil e exterior. No dia 17 de março, primeiro dia do encontro, Paulo José Rezende, da área de novos negócios do Programa Tecnova, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), propôs a ampliação da participação das FAPs no programa de inovação mantido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Rezende também destacou o potencial de participação das fundações estaduais no plano Inova Empresa, que em 2013 despendeu R$ 6,3 bilhões em projetos no país, 30% deles com a participação inédita de empresas de pequeno porte. Ana Paula Reche Correa, representante da Coordenação Geral de Cooperação Nacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), também apontou as possibilidades de utilização de recursos federais no apoio à inovação nos estados. A agência pretende aumentar a interação com as FAPs por meio de chamadas públicas de projetos elaboradas em conjunto com as equipes técnicas locais. Programas em cooperação entre as FAPs e agências federais podem contribuir para a descentralização das decisões sobre apoio à inovação e, em consequência, abrir possibilidades para a criação de empresas inovadoras que impulsionam o desenvolvimento econômico do país, disse José Arana Varela, diretor-presidente da Fapesp. Algumas iniciativas de apoio compartilhado a projetos de pesquisa científica e tecnológica foram apresentadas e discutidas pelos participantes. Piero Venturi, da área de Ciência, Tecnologia e Inovação da delegação da União Europeia no Brasil, apresentou o programa Horizonte 2020, a etapa iniciada em dezembro de 2013 da cooperação mantida desde 1984 entre a UE e o Brasil. O objetivo do programa é criar oportunidades para ampliar a rede de cooperação de cientistas brasileiros e de 28 países europeus para o apoio conjunto à pesquisa inovativa, com a participação de indústrias. O investimento previsto é de 80 bilhões, em prazo de 7 anos, para o financiamento de projetos com custo entre 2 e 5 milhões. As áreas de interesse da UE são clima, ambiente, energia limpa, transporte e ciências do mar. Paulo Lopes, coordenador no Brasil do projeto Euraxess, portal de acesso a pesquisas realizadas na Europa, apresentou o mecanismo com o qual se pretende contribuir para a aproximação de pesquisadores brasileiros e europeus. Lançado em 2013 no Brasil, o projeto oferece apoio para encontrar potenciais parceiros em pesquisa e para promover o intercâmbio entre cientistas por meio da publicação de oportunidades de bolsas e apoio para instalação de pesquisadores brasileiros na Europa. No dia 18 de março, foi assinado um memorando de entendimento entre o Confap e o British Council, conselho britânico que tem entre suas missões o estímulo à cooperação científica e tecnológica internacional com o Reino Unido. O documento estabelece uma plataforma legal para o desenvolvimento de atividades em conjunto com as FAPs para a formação e o intercâmbio de cientistas entre Brasil, Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e atividades de integração em pesquisa, inovação e políticas públicas, entre outras. (Agência Fapesp)

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