Não é apenas o mercado consumidor que anda aquecido no Brasil. O mundo universitário e da empresa júnior também tem vivido com dinamismo. Do lado das universidades, o que se vê é uma aposta maior em parcerias com entidades importantes e criação de produtos e serviços que atendam às necessidades do mercado, contemplando ambiente digital, análise de demanda de mercado, investidores, entre outros temas. Como resultado, maior visibilidade para este braço de atuação e potencializam a credibilidade do trabalho frente ao mercado. Externamente, empresas de pequeno e médio porte passam a ter cada vez mais acesso a esse tipo de consultoria de qualidade, com o lastro de universidades renomadas. Os alunos que participam, jovens na faixa dos 20 aos 25 anos, também ganham tanto no plano pessoal como profissional, já que desenvolvem boas práticas de gestão, capacidade de perceber melhor as mudanças do mercado e correrem menos risco de errar ao empreenderem. Na Unicamp, o Núcleo de Empresas Juniores, que agrega 16 empresas, firmou parceria com o Sebrae ALI Campinas, com a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e mantém conversações com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo com valores mais atraentes, segundo Pedro Mendes, presidente-executivo. O Núcleo agrega 16 empresas juniores de vinte cursos diferentes da Unicamp, entre os quais Economia, Administração, Química Aplicada, Biologia, Farmácia e todas as Engenharias, entre outros. Contra 76 projetos realizados em 2010, o Núcleo fechou 2012 com um total de 87 projetos, incluindo todas as EJ integrantes do Núcleo, o que prova que toda a movimentação de parceria tem dado certo. Além disso, a sinergia entre todas as EJ, independentemente, das unidades onde estão localizadas, contribui para a realização de projetos que contemplem todas as necessidades dos clientes, afirma Mendes. O Núcleo tem no seu portfólio 52 projetos, distribuídos nas áreas de projetos ambientais, desenvolvimento de websites, projeto arquitetônico, otimização de processos, viabilidade de mercado, entre outros. O Insper Jr Consulting ampliou o portfólio de produtos por conta da demanda mercadológica e agregou à lista de plano de negócios um voltado especialmente para investidores. Como muitas empresas já lidam com esta realidade ou pretendem lidar, a EJ do Insper decidiu criar esta opção com bons resultados. Segundo Daniel Almeida, diretor presidente do Insper Jr Consulting, a consultoria em plano de negócios se mantém como carro-chefe dos projetos, com focos para startups, estruturação e agora para investidores. Dois anos atrás, a área criou previsão e análise de demanda, um dos diferenciais da EJ. Foi o caso de um pequeno restaurante no interior de São Paulo, que contatou a Insper Jr Consulting para criar um plano de negócios visando à expansão do negócio. Depois de analisar o empreendimento e algumas pesquisas de mercado, os consultores da EJ da universidade constataram que o melhor seria reestruturar atendimento e melhorar o marketing para posteriormente investir na expansão. O empresário que buscou apoio acatou a orientação. No primeiro semestre deste ano, foram realizados dez projetos, dos quais sete para plano de negócios. O Insper Jr Consulting realiza ainda a cada período um projeto voltado especialmente para uma entidade selecionada por eles mesmos. Consideramos importante ter sempre uma atuação social, afirma Almeida. A pioneira do setor, A EJFGV completa neste ano 25 anos de atuação e conta com alunos vindos dos cursos de Administração, Economia e Direito, focados na consultoria estratégica para o segundo setor. Durante todo esse período, foram mais de 300 projetos realizados, 18 dos quais somente em 2012. Atualmente, segundo André Tayra, diretor de marketing, o portfólio está dividido em áreas de estratégia, marketing, finanças e operações. Por conta da competição de mercado, marketing e operações se destacam entre as necessidades das empresas clientes, que buscam reestruturar seus negócios para crescer. O marketing digital é outro ponto de conhecimento que muito procurado pelos clientes hoje em dia. Embora todos os setores da economia brasileira estejam presentes na carteira de clientes da EJFGV, Tayra diz que o de serviços tem liderado a demanda. Na ESPM, o empreendedorismo é trabalhado em duas vertentes, na Incubadora de Negócios, voltada apenas para alunos e ex-alunos que queiram se tornar empreendedores, e na Empresa Jr., aberta ao mercado. A incubadora tem refletido o crescimento do espírito empreendedor entre os jovens brasileiros. Segundo o professor de Economia José Eduardo Amato Balian, da faculdade de Administração da ESPM e coordenador de projetos, em 3,5 anos de funcionamento foram montadas 31 empresas de 280 projetos colocados. A participação dos jovens nas EJ contribui na formação de bons empreendedores do futuro também. Tayra, da EJFGV, acredita que participar desta área na empresa o fez aguçar o olhar para oportunidades. (Com informações do Valor Econômico)

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