A inflação pressiona diariamente a economia brasileira e o bolso do consumidor. A indústria nacional também sofre com a escalada de preços para produzir. Assim, o preço final fica maior. Nos primeiros três meses de 2015, a valorização do dólar que encareceu os insumos importados e a alta dos preços de energia combinaram para aumentar em 0,8% os custos da indústria brasileira, na comparação com o último trimestre de 2014. Neste período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador de custos industriais apresentou alta de 3%, enquanto os preços dos manufaturados subiram 4%. O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo tributário, pelo custo de capital de giro e pelo custo de produção. A energia foi a principal vilã da conta. O valor do insumo teve aumento de 8,7% na comparação com o último trimestre de 2014. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o incremento foi de 28,4%. Segundo a entidade, o aumento no custo com energia elétrica no último ano mais do que compensou a redução verificada entre 2012 e 2013. A perspectiva para o futuro, porém, é de continuidade no aumento dos preços. De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, os custos industriais têm a tendência de aumento. Tanto o aumento do custo da energia, como o próprio aumento do custo de bens intermediários com a desvalorização do real, entra na cadeia. Ele é o custo de um produto que vai ser custo de um próximo produto. Esses efeitos, quando você tem uma mudança de preços nos custos, nunca termina no momento. Ele vai tendo um efeito gradual. Então, provavelmente, teremos durante esse ano uma manutenção do crescimento dos custos industriais, explicou. Outras áreas O custo da produção também sofreu efeitos da desvalorização do real. Os custos de bens intermediários aumentaram 1,4% no primeiro trimestre de 2015, em relação ao período imediatamente anterior. Essa alta foi impulsionada pela elevação de 8,2% os custos com produtos intermediários importados. O câmbio também foi responsável pela elevação de 5,6% registrada no preço dos produtos industrializados importados. Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos, avalia o estudo. (Agência Gestão CT&I, com informações do Portal da Indústria)

Av. Prof. Almeida Prado, 532
Prédio 53 – Butantã – 05508-901
Comunicação: comunicacao@anpei.org.br
Gabriela – +55 11 98886-6581
relacionamento@anpei.org.br
© 2024 ANPEI - Todos os direitos reservados.