A americana Dow Química quer fazer do Brasil um pólo de pesquisa global no segmento de materiais renováveis (especialmente em resinas plásticas) nos próximos anos. Pretende ainda ampliar estudos para o desenvolvimento de novos produtos voltados para as áreas que atendem demandas de infraestrutura, como aditivos para cimento, pintura e produtos para construção. Para isso, vai contratar novos funcionários e ampliar os investimentos. A área de pesquisa e desenvolvimento da subsidiária brasileira passará por uma grande mudança, para se aproximar dos modelos europeu e americano, conforme relata o diretor de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Dow para a América Latina, John Biggs. Tudo o que se refere à inovação e desenvolvimento de produtos depende diretamente de como é o mercado e o Brasil tem crescido muito, ainda que no país a Dow só tenha pesquisa voltada ao atendimento ao cliente, diz. Ha cerca de 110 pessoas em atuação na área de P&D na Dow brasileira. Na China, um dos laboratórios químicos da companhia que mais cresceram nos últimos anos, são mais de 400. Mas a perspectiva de ampliação para o Brasil é grande, especialmente nas áreas de óleo e gás – em razão do pré-sal e das especificidades que a atuação em águas profundas trazem para a química -, de reciclagem de resina plástica e de produtos relacionados ao uso da cana-de-açúcar e de outros ligados às ciências agrícolas. Trabalhamos com troca de informações entre os laboratórios mundiais da Dow e vemos que o Brasil tem se destacado na parte de renováveis. Não há país no mundo que tenha a excelência brasileira em pesquisa com cana-de-açúcar”. Formado em química orgânica em Londres, Biggs está na América Latina há 11 anos, dos quais os cinco primeiros foram dedicados ao trabalho na subsidiária argentina da Dow. No Brasil, diz ele, há uma particularidade que é a urgência para a entrega de um produto. Em nenhum outro lugar chegamos a ter menos de seis meses para desenvolver, aprovar e entregar um produto, conta Biggs. Ele dá como exemplo a indústria calçadista que normalmente precisa de novos materiais com um intervalo de uma coleção, o que equivale a três meses. Prospecção de negócios Atrelado à demanda do mercado está também o esforço de tentar adivinhar em quais setores apostar para a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O trabalho.da área de pesquisa diretamente ligado ao marketing é essencial para identificarmos o que vai ser sucesso de mercado daqui a dois ou três anos, afirma Biggs. Globalmente, a empresa atua nas áreas de químicos especiais, materiais avançados, ciências agrícolas e plásticos em mais de 160 países e em setores de grande crescimento, como eletrônicos, construção, água, energia e agricultura. Em 2009, a Dow teve vendas globais de US$ 45 bilhões e empregou 52 mil funcionários em todo o Mundo. Os mais de 5 mil produtos da companhia são fabricados em 214 unidades em 37 países. Presente no Brasil desde 1956, a Dow emprega cerca.de 2.300 pessoas em 17 unidades fabris, cinco centros de pesquisa e em sua sede em São Paulo (SP). Em 2009, a Dow Brasil registrou vendas de US$ 2,3 bilhões. A Dow Brasil foi apontada pela Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas lnovadoras (Anpei) como uma das empresas mais inovadoras do país, com o prêmio Destaque em Processos de Inovação. (Fonte: jornal Brasil Econômico)

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