Um protótipo do que deve ser o primeiro ultrassom totalmente nacional, desenvolvido pela equipe de engenharia do Instituto de Pesquisas Eldorado, em parceria com docentes das Faculdades de Medicina da Unicamp e USP, no âmbito do projeto ULTRASSOM, foi apresentado ao público, em Brasília, na 6ª Reunião do Comitê Executivo e Conselho de Competitividade do Complexo Industrial da Saúde. Tendo sido feito por um centro de pesquisas nacional, em parceria com empresas e universidades também nacionais, o desenvolvimento da plataforma vai resultar em produtos bem mais adequados ao perfil da sociedade brasileira, aponta Haroldo Onisto, líder de projeto no departamento de Hardware do Eldorado, em Campinas. O principal objetivo é fazer com que a aparelhagem evolua para diversos instrumentos hospitalares de grande e pequeno porte portanto, não se trata de uma máquina com uma finalidade única de que se possa fazer uso em um hospital. A plataforma serve justamente para proporcionar o domínio da tecnologia para os engenheiros do Eldorado e das universidades que trabalham conosco, conta Onisto. O engenheiro ressalta ainda que a possibilidade de se desenvolver equipamentos modernos aos quais a população brasileira terá acesso através das redes pública e particular de saúde permite maior difusão e acesso à tecnologia. Está dentro de um programa que visa disponibilizar soluções inovadoras que se adequem ao perfil da população brasileira, completa ele. Outro objetivo importante do ULTRASSOM ao promover o desenvolvimento desta tecnologia é diminuir a remessa de divisas com importações em ultrassonografia além de dar impulso à produção científico-tecnológica em um nicho que ainda não se domina no país. No momento, empresas interessadas no desenvolvimento de aparelhagens médico-hospitalares negociam com os gestores do projeto. Há múltiplas fases no ULTRASSOM e, na medida em que se progride, diferentes parceiros vão se interessando e tomando parte no projeto, elucida Onisto. Nos últimos 10 anos, segundo o IBGE, os valores das importações de equipamentos eletrônicos para a área médica aumentaram 339%, impulsionado especialmente por aparelhos de ultrassonografia, ressonância magnética nuclear e tomografia computadorizada. Estima-se que este mercado movimente mais de U$1,5 bilhão por ano, sendo que U$500 milhões para o mercado de diagnóstico de imagem. Nesta área, por exemplo, as políticas adotadas pelos Departamentos de Tecnologias Médicas Essenciais, da Organização Mundial da Saúde OMS, preconizam que 20% a 30% dos casos clínicos necessitam o diagnóstico por imagem a fim de proporcionar maior precisão ao diagnóstico; além disso, 80% desses casos podem ser resolvidos utilizando raio-X simples ou ultrassom. (Instituto Eldorado)

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