Uma tecnologia desenvolvida no Laboratório de Instrumentação Fotônica (LIF) da Coordenação de Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) promete revolucionar o monitoramento de temperatura de geradores de usinas hidrelétricas no país, garantindo vida útil mais longa aos equipamentos. O projeto piloto foi instalado na Usina de Samuel, operada pela Eletronorte, empresa do grupo Eletrobrás, em Rondônia, e apresenta resultados positivos após dois anos e meio de testes, disse o coordenador do LIF, Marcelo Werneck, professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe. Com a contratação do projeto pela Eletronorte, ele acredita que o sistema poderá passar a ser fabricado em série para atender a novas usinas hidrelétricas. Werneck disse que a partir de agora, a Coppe vai desenvolver os novos sensores juntamente com uma empresa nacional, de modo a fabricar um produto pronto para ser utilizado. O novo sistema usa sensores de fibra óptica para fazer o monitoramento remoto da temperatura dos geradores, em substituição aos sensores convencionais, que utilizam as técnicas que a gente já conhece há mais de 100 anos na eletrônica e que estão fazendo o seu papel de manter a temperatura constante, explicou Werneck. A principal vantagem da aplicação de fibra óptica, já que ela é de vidro e o vidro é um isolante elétrico, é que você pode medir coisas muito próximas ou até em cima de locais energizados, em alta tensão. Não se pode fazer o mesmo com os sensores convencionais, porque eles dão contato, isto é, passagem elétrica, e exigem cuidados para serem usados próximos à rede em alta tensão, acrescentou. Por isso, Werneck considera que as maiores aplicações dos sensores de fibra óptica são em locais de difícil acesso e em alta tensão. O acompanhamento da temperatura dos hidrogeradores previne ainda danos ao equipamento. Outra vantagem é que a fibra óptica é mais fina e menor e, por essa razão, gera um aproveitamento melhor do espaço. No caso dos sensores convencionais, cada um tem um fio de cobre que vai até a sala de comando. Como esses fios de cobre são grossos, largos e pesados, eles ocupam maior espaço. A manutenção e a instalação também serão mais baratas, estimou o professor da Coppe. O projeto com a Eletronorte tem prazo de 12 meses para ser desenvolvido. (Com informações da Agência Brasil)

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