O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, manteve o foco do seu discurso em inovação e na pesquisa produzida pelas empresas na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que foi realizada entre 21 e 26 de julho, em Recife (PE). De acordo com Raupp, é preciso incentivar a relação universidades e empresas no Brasil para fomentar a produção científica nacional. “Há empresários brasileiros que procuram universidades dos EUA para fazer parcerias porque aqui no Brasil tudo é muito complicado”, disse. “Precisamos olhar para essa outra clientela que são os empresários.” O valor destinado para inovação no ministério já representa cerca de metade do que é empenhado pela pasta. A previsão deste ano é que o MCTI empenhe R$ 12,7 bilhões, sendo R$ 5,5 bilhões em créditos para inovação (via Finep, órgão federal que financia projetos de inovação). O dinheiro para as empresas passou a integrar a pasta em 2003 e tem crescido em um ritmo maior do que o montante destinado à ciência feita nas universidades e nos institutos de pesquisa nacionais. Em 2011, a “inovação” passou a fazer parte até do nome do ministério. O ministro destacou ainda que pretende transformar a Embrapii – uma espécie de “Embrapa da inovação”, projeto do ministério que ainda não saiu do papel –, em algo parecido com o Instituto Fraunhofer, na Alemanha, que faz a ponte entre universidades e empresas. O instituto alemão, por exemplo, procura saber as demandas do setor produtivo e as leva para os laboratórios do meio acadêmico. (Com informações da Folha de S. Paulo)