Os resultados parciais de três projetos de pesquisa apoiados pela Embraer, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foram apresentados durante workshop da agência de fomento paulista e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) sobre pesquisa colaborativa universidade-empresa. Os projetos recebem recursos da Embraer e do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da Fapesp. Jurandir Itizo Yanagihara, professor da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), apresentou o projeto Conforto de cabine: desenvolvimento e análise integrada de critérios de conforto. Os pesquisadores estudam parâmetros operacionais como o conforto térmico, a pressão, o ruído, a vibração, a ergonomia e até o odor dentro da cabine. Os cientistas desenvolveram um ambiente que simula uma cabine, especialmente construído para que a integração seja possível. Esse equipamento é muito sofisticado. Só existe outro semelhante no Instituto Fraunhofer, na Alemanha, explicou o pesquisador. Sergio Müller Frascino, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CTA) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), apresentou o projeto Estruturas Aeronáuticas de Materiais Compósitos. O uso de compósitos pode reduzir o peso da aeronave entre 10% a 15% e o custo de 10%, em comparação com os materiais convencionais, segundo o pesquisador. O projeto faz a validação de novas tecnologias, processos, métodos e critérios de projeto, cálculo, manufatura e ensaios com materiais compósitos, a fim de comprovar seus benefícios e limitações. Inclui também a instalação de um laboratório de última geração no Parque Tecnológico de São José dos Campos. O projeto Aeronave silenciosa: uma investigação em aeroacústica foi apresentado por Júlio Romano Meneghini, da Poli-USP. O objetivo principal do projeto é propor métodos e equipamentos supressores de ruído no entorno dos aeroportos. Uma pista de dois quilômetros gera um ruído que pode chegar a 20 ou 30 quilômetros do aeroporto, contou. Nosso projeto foca em ser capaz de simular e medir ruídos da superfície aerodinâmica, jato e trem de pouso, principalmente. O foco está nesses aspectos porque a Embraer é totalmente responsável por eles. A indústria aeronáutica, ao contrário do que ocorre na automobilística, projeta seus componentes no Brasil e eventualmente os fabrica no exterior, disse. Para fazer os testes de campo, além de adquirir um supercomputador para os cálculos, os pesquisadores instalaram grandes conjuntos de microfones na cabeceira de uma pista experimental, de cinco quilômetros de extensão, localizada em Gavião Peixoto, no interior paulista. No final de sua primeira fase, o projeto já solicitou duas patentes relacionadas aos atenuadores de ruídos. (Com informações da Agência Fapesp)

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