Os sócios inauguraram na última terça-feira (10) moderna fábrica para produção de filmes plásticos orgânicos capazes de converter energia solar em energia elétrica, os chamados módulos OPV (Organic Photovoltaics). A SUNEW, empresa criada para produzir e comercializar a tecnologia, já nasce com capacidade de produção acima dos 300 mil m² anuais, equivalentes a dezenas de MW/ano. “O que estamos fazendo aqui é um marco na indústria fotovoltaica não só porque o Brasil representa o último grande mercado mundial que inicia agora seu crescimento, como também pelo fato de estarmos fazendo isso liderando a jornada com a próxima geração de painéis” – afirma Tiago Alves, CEO do CSEM Brasil e sócio da FIR Capital. A partir de uma estrutura tecnológica única, a SUNEW controla um método diferenciado de impressão de painéis fotovoltaicos usando materiais orgânicos, tendo instalado em Belo Horizonte capacidade produtiva existente em escala apenas na Europa e no Japão. Com investimentos próximos a R$100 milhões, a fábrica já trabalha com projetos iniciais customizados para segmentos diversos, atendendo parceiros como Fiat e Votorantim. Energia Limpa e Acessível Dentre todas as fontes renováveis de energia, a fonte Solar é a maior por ampla margem e já é a que mais cresce mundialmente, sobretudo na modalidade de geração distribuída. Com quase o dobro da irradiação média anual de países como Alemanha e Espanha, nações europeias que mais exploram a fonte, o Brasil tem grande potencial de participação em um mercado que deve crescer, em média, 10,5% nos próximos cinco anos.  As inúmeras possibilidades de aplicações do filme SUNEW permitem à empresa explorar mercados ainda não tão acessíveis às tecnologias tradicionais, sobretudo pelo aspecto do design, transparência e peso.  Entre as diversas aplicações possíveis estão fachadas de prédios, mobiliário urbano, superfícies de reservatórios, automóveis e galpões metálicos. Ao contrário das células tradicionais, os dispositivos orgânicos, feitos com polímeros e plásticos, representam um décimo da pegada de carbono do ponto de vista de sua produção, além de serem leves, transparentes, de fácil transporte e instalação. Eles permitem a utilização mais limpa e ampla da energia solar para geração de eletricidade, podendo ser aplicados no revestimento de estruturas, janelas, dispositivos eletrônicos como celulares, mouses e teclados sem fio, e até mesmo em veículos ou em casas em localidades remotas ainda sem eletricidade. Tecnologia Brasileira O CSEM Brasil, um dos sócios fundadores da empresa, é o responsável pelo desenvolvimento da tecnologia necessária à produção, 100% feita no Brasil, contando inclusive com instrumentos de financiamento como o FINAME. O CSEM Brasil foi fundado pela FIR Capital e pelo CSEM da Suíça em 2006 e contou com investimentos da FAPEMIG e BNDES para instalar uma das mais modernas infraestruturas de P&D sobre eletrônica orgânica do mundo, além de congregar um time de prestígio internacional que reúne mais de 10 nacionalidades em seu quadro. Segundo Júlio Ramundo, Diretor da BNDESPAR, “A SUNEW é um caso de sucesso de apoio do Banco à inovação, congregando diferentes instrumentos financeiros, sobretudo a participação acionária. É a demonstração da capacidade empreendedora brasileira de desenvolver tecnologias em áreas que podem mudar significativamente a economia brasileira”.  A CMU Energia e a Tradener se tornam sócios estratégicos da SUNEW, sendo duas das maiores e mais respeitadas comercializadoras de energia do país e que conferem um diferencial competitivo no setor de energia à empresa nascente. A FIR Capital, responsável pela concepção e implementação do CSEM Brasil, teve a visão de montar uma instituição que possibilita a criação de empresas inovadoras com grande potencial de impacto econômico. A FIR, como gestora de fundos e empresa de participações, tem grande histórico no Brasil envolvendo empresas inovadoras como Akwan (origem do Google Brasil), Biobrás, ABC da Construção, Devex, Oncoclínicas e Sambatech.