A Nanox S.A. empresa que nasceu de um grupo de pesquisa universitário no Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara produz materiais bactericidas inorgânicos e procura parcerias para instalar-se no mercado dos Estados Unidos. A base que saiu das bancadas da universidade araraquarense está em uma das mais modernas áreas da ciência, a nanotecnologia. Os investimentos previstos em solo americano chegam a US$ 2 milhões e até universidades do exterior miram a tecnologia. A empresa, sediada em São Carlos, nasceu do trabalho de um grupo de amigos que se graduaram na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e fizeram pós-graduação no IQ de Araraquara. Vimos que o fruto das nossas pesquisas podia ser comercializado e a empresa começou a atuar nacionalmente, diz Gustavo Simões, um dos sócios. O foco da empresa está na produção de antimicrobianos. Os principais produtos de aplicação da tecnologia são as embalagens plásticas para alimentos. A atuação dá-se também em produtos da linha branca, bebedouros, carpetes e equipamentos odontológicos, por exemplo. A importância é muito grande, pois a nanotecnologia é usada como meio de garantir que não haja contaminação de bactérias nesses ambientes, pontua Simões. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) enxergou a importância desse trabalho e fez com que a empresa fosse contemplada com a participação do programa MIT Global Laboratory. Cerca de 60 empresas no mundo foram selecionadas e uma equipe multidisciplinar da universidade visita os locais para otimizarem os trabalhos. A participação consiste na elaboração de um plano de negócios para a Nanox iniciar a comercialização de seu produto no mercado de plásticos norte-americano, no segmento de embalagens alimentícias, abrindo uma filial da companhia naquele país. É mais um passo para nosso projeto nos Estados Unidos. Já exportamos para lá com clientes que fizemos pela internet e em feiras, mas queremos nos instalar lá, diz Simões. Com a chancela do MIT, o próximo passo é procurar fundos de investimentos que apostem na proposta. Precisamos de US$ 2 milhões e, no primeiro trimestre deste ano, já teremos novidades. Mostramos que somos sérios e que o Brasil não oferece apenas futebol e caipirinha, conclui. Maior no setor nanotecnológico A Nanox é a primeira empresa brasileira a exportar nanotecnologia e é a maior do segmento no País. A empresa nasceu de um projeto desenvolvido por três jovens universitários, André Araújo, Daniel Minozzi e Gustavo Simões. A ideia desenvolveu-se na graduação, na UFSCar, e foi aperfeiçoada na Unesp de Araraquara. Em 2006, despertou o interesse de investidores e recebeu investimentos para finalizar o desenvolvimento de produtos e comercialização, sendo a primeira empresa de nanotecnologia a receber investimentos na América Latina. Em 2007, ganhou o prêmio Finep de Inovação e, em 2009, venceu o 3º Prêmio Empreendedor de Sucesso da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Fundação Getúlio Vargas na categoria crescimento. Também recebeu o selo de Empresa Inovadora da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). (Com informações do Tribunal de Araraquara)

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