12/04/2016
Empresas criadas por ex-alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são responsáveis por gerar 19,2 mil empregos e movimentar um faturamento anual da ordem de R$ 3 bilhões. Apesar da crise econômica, houve aumento de 16,18% nos postos de trabalho gerados por essas empresas, de 2014 para 2015.
Também cresceu, em 20,6%, a quantidade de empresas-filhas ativas no mercado, passando de 237, em 2014, para 286, em 2015.
O número, no entanto, pode ser maior. Por isso, a Unicamp iniciou uma força-tarefa para identificar quantos de seus ex-alunos tornaram-se empreendedores. A universidade quer avaliar o impacto que tem na economia regional e nacional e saber quantos de seus ex-alunos buscaram o caminho do empreendedorismo.
Segundo a Agência de Inovação Inova Unicamp, que vai comandar o levantamento, a universidade quer verificar que tipo de carreira seus ex-alunos escolheram, quem são os empreendedores, e de que curso são oriundos. A partir dessas informações, informou a agência, os esforços serão focados nas empresas-filhas identificadas, apurando número de empregos gerados, faturamento anual, onde estão localizadas, se possuem atuação internacional, entre outras informações.
Experiências
“Quando observamos as experiências internacionais, nos deparamos com números impressionantes, como é o caso do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Certamente existem muito mais empresas-filhas da Unicamp por aí do que temos registrado em nossa base de dados. Nosso objetivo é encontrar esses ex-alunos e saber quais deles escolheram a carreira de empreendedor”, disse o diretor-executivo da Agência de Inovação, Milton Mori.
Contatos
A agência, com o apoio da Diretoria Acadêmica (DAC), enviou 61 mil e-mails a ex-alunos na base de dados da DAC. Além disso, a pesquisa também está ocorrendo online, com um link disponível no site www.inova.unicamp.br.
Segundo a Inova, são consideradas empresas-filhas aquelas cujo sócio-fundador ou sócio atual são alunos ou ex-alunos, de graduação, mestrado ou doutorado da Unicamp; professores ou ex-professores; funcionários ou ex-funcionários; incubadas ou graduadas na Incamp (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp), ou empreendedores que tenham licenciado tecnologia da universidade e essa tecnologia seja parte fundamental da empresa.
O levantamento anterior apontou que mais de 37% das empresas possuem atuação fora do País, com escritórios no Exterior e atividades de exportação. A maior parte delas, 93,6%, estão localizadas no Estado de São Paulo, com Campinas concentrando a maior parte, 67,5%.
O levantamento divulgado no ano passado apontou que 52,3% dos sócios das empresas-filhas são ou foram alunos da graduação da universidade, 18,66% da pós-graduação, 3,08% docentes e o restante com outros tipos de vínculo com a universidade.
Em relação às unidades, 24,4% dos empreendedores vieram do IC (Instituto de Computação), 22,3% da FEEC (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação), 9,5% da FEM (Faculdade de Engenharia Mecânica), 7,6% do IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) e 6,7% FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos).
(Correio Popular)
