Uma nova revolução econômica está chegando e os fundamentos básicos da economia irão se transformar. Com eles, o próprio modo de fazer negócios, claro, e consequentemente o de inovar. A afirmação foi feita por Don Tapscott, presidente do Moxie Insight e autor do conhecido livro Wikinomics. Principal palestrante da XII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, ele acredita que estamos entrando em uma era de rede de colaboração. A era industrial está ficando sem combustível, disse ele. Na avaliação de Tapscott a forma de fazer negócios está mudando, os limites e limitações das corporações estão se desfazendo e o setor financeiro está quebrando. Nem mesmo a internet está sendo utilizada da forma tradicional, se é possível usar esse termo para a tecnologia. Temos pela frente um modelo totalmente novo, de participação e colaboração, afirmou. Para entendê-lo, basta seguir o comportamento da geração com menos de 33 anos. Ela está conectada o tempo todo, não necessariamente pelo computador. O email é uma tecnologia de ontem. Conversa-se com os amigos pelo Facebook ou outros canais, e conversa-se o tempo todo. O jovem não assiste mais televisão, vê o que quer na web, mas não abandonou os esportes ou os amigos; desempenha várias tarefas ao mesmo tempo, sempre conectado. A interação é intensa e em rede. E assim serão também os negócios. É a maior mudança em um século, afirma Tapscott. Como na economia, há oito características básicas que são seguidas pela nova geração: liberdade, customização, sensibilidade, integridade, colaboração, diversão, velocidade e inovação. A auto-organização, que de alguma forma sempre existiu, agora tem força antes impensável. Trabalhar com parceiros, onde a relação superior-inferior não existe, será a regra. Hoje as peças podem se juntar fora dos limites tradicionais da corporação a fim de criar valor, diz ele. Um exemplo é o sistema Linux, mas o desenvolvimento de produtos também pode ser citado, como a montagem de motocicletas na China. Em suma, há sete pontos levantados por Tapscott que devem ser levados em consideração na hora de fazer negócios e inovar nesta nova era da rede de colaboração. O primeiro diz respeito justamente à criação de pares, ou parcerias. O segundo, o ideagora, ou um mercado onde buscar ideias fora da empresa. O terceiro diz respeito ao prosumer, ou prossumidor, outro termo inventado por ele, que une a palavra consumidor a produtor, quando é preciso co-inovar com os clientes. O quarto ponto seria uma nova Alexandria, onde a realização de projetos pode ser compartilhada por amadores. O quinto, uma plataforma de participação, quando é bem vinda a ajuda de parceiros. O sexto, uma plataforma global, e o último, o local de trabalho wiki, ou seja, a criação em massa de conhecimento, como é a elaboração da Wikipedia.

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