Dados parciais de um estudo sobre incubadoras e parques tecnológicos no Brasil, feito pela Universidade de Brasília (UnB), indicam que a Região Sul concentra maior número de parques tecnológicos, sendo responsável por 42% do total das iniciativas. A prévia dos resultados da pesquisa foi apresentada em encontro do Comitê Consultivo do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI. O encontro foi realizado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília, no dia 22 de novembro. A pesquisa abrange 61 unidades, que responderam ao questionário enviado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e considerou as fases de operação, implantação e a execução do projeto. Com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2013, o trabalho fará o mapeamento da rede de parques, suas características, fases de implantação e vocações regionais. Levando em conta apenas os números de polos em operação, o Sul também lidera na quantidade de mestres nas unidades tecnológicas. O Sudeste, por sua vez, abriga maior número de doutores 57% deles ligados à área acadêmica e apenas 5% ao setor privado. No total, 50% dos parques estão instalados em terrenos públicos, o que indica envolvimento direto de órgãos governamentais com ciência, tecnologia e inovação. De acordo com o estudo, 35% dos parques possuem plano de sustentabilidade, 29% fortalecem o empreendedorismo na região, 18% facilitam a transferência de tecnologia e 33% exportam tecnologia. Do total, 70% atuam na área de tecnologia da informação e da comunicação, 60% em biotecnologia, 36% em saúde e 35% em agronegócio. Outra informação é que 54% deles usam editais com propostas para atrair novas empresas. Outros dados trazidos pelo levantamento em relação aos parques tecnológicos: 74% têm incubadoras, 53% possuem pré-incubadoras; 57% contam com centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D); 37% têm escritório de patentes; 33%, escritório de projetos; 38%, agência para transferência e comercialização de tecnologia; 74%, consultoria e treinamento; 68%, apoio a propriedade intelectual; 51%, serviço de marketing; e 57%, biblioteca. O representante do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC), Marcos Vinicius de Souza, destacou a necessidade de os parques tecnológicos ganharem visibilidade para atrair maior número de empresas, além de apresentar algumas sugestões que estimulem a iniciativa. A tributação diferenciada para quem produz pesquisa e desenvolvimento nos parques e a introdução de bônus de crédito para as empresas que alcançarem metas após investimentos continuados em P&D são metodologias que podem auxiliar neste processo, afirmou. Segundo Souza, o financiamento de grandes projetos pelo mercado de capitais poderá permitir a criação de fundos de investimento. Além disso, seria interessante criar instrumentos para atrair centros de P&D ao Brasil, o que ajudaria a profissionalizar mais esse processo. Ele também defendeu a promoção dos parques brasileiros no exterior, de modo que atuem como propulsores da inovação no país e se tornem referência mundial. (Com informações do MCTI)

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