Passados quatro anos do primeiro edital de Subvenção Econômica à Inovação, a Finep divulgou o primeiro relatório com resultados do Programa. Para o estudo, foram convidadas 24 empresas oito microempresas, 12 pequenas e quatro de porte médio , cujas propostas receberam integralmente os recursos até setembro de 2009. Ao todo foram avaliados 27 projetos. Desses, 22 foram contratados no edital de 2006 e cinco no de 2007. Houve, segundo dados levantados junto aos empresários, um crescimento de 65,94% no faturamento médio dos empreendimentos. O relatório foi consolidado após seminário realizado pela Finep em novembro de 2009. As empresas consultadas receberam um questionário e um modelo para apresentação dos resultados dos projetos. Durante os pronunciamentos, falaram dos avanços e dificuldades encontrados para participação no edital e operacionalização dos recursos. Diversas empresas afirmaram que o aporte de capital proveniente da Subvenção viabilizou novos negócios, por caracterizá-las como inovadoras. Dos 27 projetos, 11 são de software, dois voltados para o agronegócio, cinco envolvem desenvolvimentos relativos à TV digital, cinco são da área de defesa, dois referem-se a implementos agrícolas, e quatro tratam de desenvolvimentos nas áreas de nanotecnologia, esportes, construção civil e máquinas e equipamentos industriais. De acordo com a declaração dos empresários, havia 47 produtos, processos ou serviços em desenvolvimento. Quinze deles já estão sendo comercializados, 22 chegaram ao mercado, mas ainda aguardam o momento de venda, e 10 são protótipos. Este indicador aponta que 11 das 24 empresas têm, pelo menos, um produto ou serviço vendido. “Em geral, empresas de pequeno porte encontram dificuldades para ofertar produtos novos no mercado”, afirma o diretor de Inovação da Finep, Eduardo Costa. Além disso, os recursos da subvenção são para desenvolvimento e não para comercialização inicial, gastos com marketing ou itens equivalentes. O seminário evidenciou, por exemplo, que algumas empresas não possuem um plano estratégico para lançamento do produto, serviço ou processo desenvolvido no mercado, e muitas não têm clareza sobre em qual nicho atuarão. Todas declararam que os projetos contratados foram cumpridos. Os resultados preliminares são melhores do que o esperado, principalmente, por ter gerado empregos que exigem alto grau de especialização, diz Costa. Segundo ele, trata-se de um mecanismo novo que ainda está sendo avaliado sobre qual será a melhor forma de operacionalização. Com relação à continuidade das atividades de pesquisa e desenvolvimento, todas as empresas declararam que os investimentos na área são constantes. Vinte e dois empreendimentos afirmaram que destinam, usualmente, um percentual do faturamento para atividades de P&D. O percentual médio declarado é de 23,13%, índice influenciado pelas microempresas, que, no geral, demonstram alta destinação de recursos para a atividade. Dezoito empreendimentos disseram ter implementado um centro de P&D ou estrutura para esta finalidade após receberem os recursos da Subvenção. A partir desta primeira experiência, tanto o questionário para as empresas, como os roteiros das apresentações e de avaliação dos consultores, serão aperfeiçoados no sentido de torná-los mais claros e precisos. Apesar de o grupo de empreendimentos consultados não significar uma amostra representativa, esta foi a primeira experiência relevante para se construir uma metodologia para avaliar a contribuição e o impacto do Programa de Subvenção Econômica nas empresas apoiadas. Até o momento, a Finep lançou quatro editais nacionais da Subvenção Econômica à Inovação. Em 2009, foram 261 novas operações no valor de R$ 466 milhões. A carteira da Finep de Subvenção (2006 – 2009) já abriga 825 projetos, no valor de R$ 1,6 bilhão. (Fonte: Finep)

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