Os instrumentos de apoio à inovação operados pela Finep podem ser mobilizados para tornar as pequenas e médias empresas brasileiras inovadoras, avalia o presidente da instituição, Luís Fernandes. Em seu discurso na sessão solene de abertura da X Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que aconteceu na tarde do dia 26 de abril, Fernandes sugeriu que os programas de fomento à inovação operados pela Financiadora voltados para as micro e pequenas empresas possam ser articulados nas ações executadas por entidades como Anpei, para enraizar a inovação no tecido econômico e social brasileiro. “Tivemos uma experiência muito boa com o programa Prime (Primeira Empresa Inovadora), em que por meio dele apoiamos 1,3 mil empresas nascentes, e temos parcerias com os governos estaduais em projetos como o Pappe Subvenção (Programa de Apoio à Pesquisa nas Empresas), também focado em pequenas empresas inovadoras”, contou. “Podemos casar esses instrumentos com as ações de estímulo à inovação nas pequenas e médias empresas a partir das empresas que são associadas à Anpei”, indicou. Fernandes se refere à idéia dada pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante a solenidade de abertura, de que as grandes empresas, que já têm uma cultura de inovação, possam promover o atributo em suas cadeias de produção, formadas por pequenas e médias empresas. “As empresas reunidas aqui na Conferência, pela centralidade que ocupam em diferentes setores da economia nacional, podem ser promotoras da inovação em suas cadeias de fornecimento”, apontou. “Eu acho que esse é um ponto crítico e um passo adiante que temos que dar e que já vem sendo feito pela Anpei”, afirmou. O presidente da Finep expressou a satisfação da X Conferência Anpei ser realizada em um momento em que a inovação entrou na agenda central do desenvolvimento do Brasil. Também parabenizou a ex-presidente da Anpei, Maria Ângela do Rêgo Barros, por sua gestão e felicitou o novo presidente da entidade, Carlos Calmanovici, colocando a Finep à sua disposição.